O Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (IMESC) divulgou, nesta sexta-feira (19), a publicação “Produto Interno Bruto dos Municípios do Estado do Maranhão”, que reúne dados atualizados sobre o desempenho econômico dos municípios maranhenses.
O estudo revela mudanças relevantes na estrutura econômica do estado ao longo do período de 2010 a 2023. Os números indicam um processo de desconcentração da riqueza, caracterizado pela redução da participação de São Luís no PIB estadual e pelo fortalecimento de municípios do interior, impulsionados por atividades econômicas estratégicas.
Nesse intervalo de 13 anos, a capital maranhense registrou perda de 10,9 pontos percentuais na participação no PIB do estado, resultado do crescimento mais intenso de outras regiões. O cenário aponta para uma redistribuição territorial da produção e para o surgimento de novas dinâmicas econômicas fora da Região Metropolitana de São Luís.
Entre os municípios que mais ampliaram sua presença no PIB estadual, Santo Antônio dos Lopes se destaca como principal exemplo. A cidade acumulou ganho de 3,3 pontos percentuais, impulsionada, principalmente, pela expansão de atividades ligadas à infraestrutura, à produção de gás natural e à geração de energia, setores que elevaram de forma significativa o valor adicionado à economia local.
Outras cidades também apresentaram avanço expressivo no ranking estadual. Godofredo Viana teve a maior ascensão do período, saltando 116 posições — do 141º lugar, em 2010, para a 25ª colocação, em 2023. Já Bernardo do Mearim avançou 105 posições, passando do 198º para o 93º lugar.
Os dados reforçam o impacto de grandes investimentos, da ampliação de setores estratégicos e das mudanças no perfil produtivo municipal sobre a hierarquia econômica do estado. A análise do PIB per capita, que relaciona o valor produzido à população, evidencia ainda mais essas transformações.
Em 2023, Santo Antônio dos Lopes registrou o maior PIB per capita do Maranhão, com R$ 362.456,13, ocupando a 12ª posição no ranking nacional e a 2ª no Nordeste. Tasso Fragoso aparece em seguida, com PIB per capita de R$ 295.272,88, figurando como o segundo maior do estado e o 23º do país.
Afonso Cunha apresentou a maior evolução no ranking estadual de PIB per capita, ao subir 137 posições em relação a 2010, passando do 186º para o 49º lugar em 2023, com R$ 17.185,02 por habitante. Apesar de ainda distante dos maiores valores, o crescimento indica melhora consistente da produção média local.
Em sentido oposto, São Luís, além de perder participação no PIB estadual, também recuou no ranking de PIB per capita. A capital caiu da 2ª posição, em 2010, para o 11º lugar, em 2023, com R$ 40.846,68 por habitante, ficando fora do Top 10 estadual.
Segundo o presidente do IMESC, Dionatan Carvalho, os resultados refletem um novo padrão de desenvolvimento no Maranhão.
“Há um processo claro de interiorização da economia maranhense. Municípios que antes tinham participação reduzida no PIB passaram a ganhar destaque, especialmente a partir de investimentos em energia, mineração e infraestrutura”, afirmou. Para ele, o movimento contribui para uma distribuição mais equilibrada da atividade econômica e reforça a necessidade de políticas públicas voltadas ao fortalecimento regional.
*Fonte: GOVMA
Siga nossas redes, comente e compartilhe nossos conteúdos:
Leia também:
Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/12/pib-municipal-do-maranhao-aponta-redistribuicao-da-atividade-economica/
