Sem nenhum exagero, os campeonatos estaduais, a partir de 2026, pelo tamanho exigido pela CBF (menos de dois meses e 11 datas) têm outro nome: PRÉ-TEMPORADA. Na verdade, o que passa a existir é apenas um pequeno torneio de preparação para as competições nacionais.
Dessa forma, os clubes que deixarem para armar elencos visando o Brasileiro, somente depois do Maranhense, estarão inevitavelmente fadados ao fracasso. É como se um clube da Série A começasse a treinar com atletas da qualidade de uma Série B. E foi assim que o Sampaio Corrêa começou a afundar.
Se nossos clubes que vão participar das disputas promovidas pela Confederação Brasileira de Futebol não tiverem condições de montar equipes fortes desde o início do ano, vão sentir os efeitos negativos no Nordestão, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. Aliás, aqui mesmo nesta coluna, com o título “O princípio do fim” já havíamos alertado para esta prática, que só premia os grandes centros esportivos com mais representantes nas principais competições da CBF e fulmina com aqueles de menor porte, existentes na maioria dos estados mais pobres.
Realizar um campeonato com apenas sete datas e menos de 60 dias de disputa (11 de janeiro a 8 de março) é consolidar, indiretamente, o fim daquela que era considerada, tradicionalmente, uma paixão do torcedor em seu estado.
Certamente, a redução dos estaduais, notadamente o nosso, trará resultados desastrosos para os menos favorecidos. Na verdade, os “campeonatos” só vão continuar nos calendários para efeito de indicação dos clubes das séries C e D, bem como as copas regionais e do Brasil. Os estaduais viraram, sem dúvida nenhuma, apenas um pequeno torneio classificatório, com inevitáveis prejuízos para a grande maioria dos disputantes.
Incerteza
Conhecida a programação esportiva da Federação Maranhense de Futebol, algumas boas notícias, mas outras permanecem num clima de dúvidas que vão perdurar, no mínimo, até o fim deste mês. Motivo: os dois clubes de maiores torcidas do estado ainda parecem muito distantes das expectativas de seus torcedores. Sem comissão técnica, sem jogadores e sem parcerias capazes de estimular investimento nos elencos necessários à “volta por cima”, ou seja, mudar o quadro que ficou ao final desta temporada.
Enquanto a diretoria do Sampaio Corrêa deposita todas as esperanças na badalada Sociedade Anônima do Futebol (SAF) que ainda está muito distante de ser uma realidade, o Moto Club renovou seu quadro de diretores, elegeu um presidente cheio de projetos destinados a mudar a cara do clube em todos os sentidos, mas esbarra na indefinição daquilo que fará depois do Estadual, pois ainda depende do encerramento das copas de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e do Campeonato Tocantinense.
As chances de conseguir uma vaga na Série D existem, porém dependem das colocações de Marcílio Dias, Brasil de Pelotas e Tocantinópolis. Nas semifinais, o Marcílio já perdeu a primeira por 3 a 0 para o Figueirense. Será que inverte o placar no segundo jogo? Mas como diria Gaby Oliveira, “ a esperança é a única que não morre, pois sem ela nada se supera”.
Parabéns!
Esta foi uma semana especial para os familiares e amigos do mestre Manoel Martins. Na última quinta-feira (6), ele completou 80 anos de nascimento. É uma conquista notável e merecedora, de um pai de família exemplar, um amigo sincero e leal, enfim, um profissional competente e dedicado como jornalista, radialista, pesquisador, professor e historiador entre tantas outras atividades intelectuais.
Sua vida é composta por belas páginas de um livro repleto de memórias e de histórias para contar. Meu nobre amigo, que o novo ciclo que se inicia seja repleto de momentos felizes, cercado por aqueles que você ama e que têm o privilégio de conviver ao seu lado. Forte abraço!
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Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/11/pre-temporada/
