
Os valores do café tiveram retração de 1,01% em julho, interrompendo uma sequência de valorização que perdurava há 18 meses, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados nesta terça-feira (12/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Durante a maior parte desse intervalo, o produto foi um dos principais vetores de pressão sobre a inflação no país.
A baixa no varejo espelha a diminuição nos valores pagos aos agricultores, impulsionada pelo progresso da colheita da safra 2025, que se encontra em fase conclusiva no Brasil. O aumento da disponibilidade no mercado doméstico ajudou a reduzir os preços para o consumidor. Apesar da queda pontual, o saldo no ano ainda apresenta um expressivo aumento de 41,46%, enquanto, em 12 meses, o café acumula alta significativa de 70,51%.
Esses dados mostram que, mesmo com um respiro temporário, o produto permanece consideravelmente mais caro do que há um ano. O contexto nacional se combina a variáveis externas. O cenário global do café enfrenta intensa instabilidade, afetado por fatores climáticos, oscilações no câmbio e pela recente decisão do governo do presidente norte-americano Donald Trump de impor uma tarifa de 50% sobre o café brasileiro.
Enquanto outros itens, como suco de laranja e aeronaves, receberam sobre taxas menores, parte das exportações brasileiras de café foi diretamente atingida, elevando as dúvidas no setor. Com a cobrança adicional nos EUA, especialistas avaliam que uma parcela da produção voltada para o exterior pode ser direcionada ao mercado interno, elevando a disponibilidade e, assim, potencializando novas reduções nos preços para o consumidor nacional nos próximos meses.
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Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/08/precos-do-cafe-registram-queda-em-julho-apos-um-ano-e-meio-de-altas/