Prefeito de Igarapé Grande é indiciado por homicídio de policial durante vaquejada

O inquérito da Polícia Civil do Maranhão concluiu que o prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), é o autor dos disparos que mataram o policial militar Geidson Thiago da Silva durante uma vaquejada em Trizidela do Vale, no dia 6 de julho. Segundo a investigação, os tiros foram efetuados pelas costas da vítima.

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João Vitor está preso preventivamente desde o dia 15 de julho, após se entregar à polícia. Com a conclusão do inquérito, ele foi formalmente indiciado por homicídio. Agora, o Ministério Público deve avaliar se apresenta denúncia à Justiça.

Relembre o caso

Testemunhas relataram que o crime teve início após o PM, conhecido como ‘Dos Santos’, pedir ao prefeito para reduzir os faróis do carro, que estariam incomodando os presentes. A discussão evoluiu e o prefeito teria sacado um revólver calibre .38, atirando contra o policial. A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.

A defesa do prefeito sustenta que ele teria agido em legítima defesa, afirmando que o policial sacou uma arma primeiro. Contudo, a investigação descartou essa versão, apontando que Geidson foi atingido pelas costas. A arma do crime ainda não foi localizada.

Antes da prisão, João Vitor chegou a prestar depoimento e foi liberado por não haver flagrante. Dias depois, a Justiça determinou sua prisão preventiva e busca da arma. O prefeito está detido em uma cela individual em São Luís.

Ele também solicitou e obteve licença médica da Prefeitura de Igarapé Grande por 125 dias, alegando abalo psicológico e necessidade de cuidados psiquiátricos. Durante o período, continuará recebendo salário de R$ 13.256,08.

Imagens de câmeras de segurança mostram o prefeito se aproximando de um carro e, posteriormente, indo em direção a uma aglomeração. Ele aparece correndo de volta ao veículo após a confusão. A arma usada no crime, segundo o próprio João Vitor, foi um presente de um eleitor, não registrada.

A Polícia Civil segue monitorando o caso e aguarda a manifestação do Ministério Público sobre o oferecimento da denúncia.

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