
Um levantamento da Quaest divulgado neste sábado (19/7) mostra que a operação da Polícia Federal (PF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), realizada na sexta-feira, tem aprovação da maioria dos brasileiros. A partir de postagens nas redes sociais, a pesquisa aponta que 59% apoiaram a ação e 41% foram contra, saindo em defesa de Bolsonaro.
Segundo o instituto, foram monitoradas 1,3 milhão de citações sobre o caso entre 0h e 17h de sexta-feira. O conteúdo foi produzido por 418 mil autores únicos, com uma média de 72 mil comentários por hora e um alcance de 113 milhões de visualizações por hora. O monitoramento foi feito por meio da metodologia de “Social Listening”, com coleta de dados em plataformas como X, Instagram, Facebook, Reddit, Tumblr, YouTube e sites de notícias por API própria da Quaest, com buscas de palavras-chaves.
Entre os grupos de direita, 32% das menções criticam o Supremo Tribunal Federal (STF), enquanto 11% mencionam termos como “ditadura” ou “censura”. Para a Quaest, o episódio revela um ambiente digital altamente reativo, no qual decisões judiciais são rapidamente transformadas em combustível para disputas políticas. “O cenário revela um ambiente digital altamente polarizado, com reações intensas e engajamento acelerado das bases militantes”, afirmou o instituto.
O impacto também se refletiu nas ferramentas de busca. O nome Jair Bolsonaro teve um volume de pesquisas no Google cinco vezes maior do que a média registrada em junho. Termos como “tornozeleira” e o nome do ministro Alexandre de Moraes também apresentaram crescimento nas buscas.
A operação da PF, determinada por Alexandre de Moraes, faz parte das investigações sobre uma possível tentativa de golpe de Estado. O ministro também apontou que Bolsonaro teria tentado extorquir a Justiça brasileira, ao condicionar, em conversas com aliados estrangeiros, o fim das tarifas comerciais dos Estados Unidos à concessão de anistia no Brasil. A PF também apura possíveis tentativas de obstrução da Justiça, coação de testemunhas e até atentado contra a soberania nacional.
Além de mandados de busca, a operação impôs diversas medidas cautelares contra Bolsonaro:
- Tornozeleira eletrônica com monitoramento por geolocalização;
- Recolhimento domiciliar noturno, das 19h às 7h, inclusive aos finais de semana;
- Proibição de uso de redes sociais, inclusive por meio de terceiros;
- Proibição de contato com outros investigados, incluindo o filho Eduardo Bolsonaro;
- Proibição de contato com testemunhas do processo;
- Proibição de contato com representantes estrangeiros, como diplomatas e embaixadores;
- Proibição de ingresso em sedes diplomáticas ou residências oficiais internacionais;
- Retenção do passaporte;
- Proibição de deixar o país sem autorização judicial;
- Proibição de frequentar eventos públicos com potencial de mobilização política.
*Fonte: Estado de Minas
Fonte: https://oimparcial.com.br/brasil/2025/07/quaest-59-aprovam-operacao-contra-bolsonaro/