15 de março de 2025
Lula passa por exames de controle e está liberado para
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A nova pesquisa da Quaest, divulgada neste domingo, revela que a identificação política no Brasil varia de acordo com a faixa de renda. O estudo mostra que, enquanto os mais pobres tendem a se identificar mais com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a esquerda, os mais ricos tendem a apoiar a direita, incluindo bolsonaristas e não bolsonaristas.

De acordo com os dados, 28% da população mais pobre se identifica como lulista ou petista, número que diminui para 16% na classe média e 12% na classe alta. Em contraste, o apoio a Jair Bolsonaro (PL) cresce conforme a renda: 9% dos mais pobres, 12% da classe média e 14% da classe alta apoiam o ex-presidente, conforme o levantamento.

A pesquisa ouviu 2.000 pessoas durante o ano passado, utilizando o Critério Brasil 2024 para classificar os grupos por classes sociais. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos porcentuais, para mais ou para menos.

Somando os apoiadores de Bolsonaro com os eleitores à direita, mas não bolsonaristas, a direita atinge 23% na classe baixa, 34% na classe média e 43% na classe alta. Já a esquerda, considerando os eleitores de Lula e os esquerdistas que não se identificam como lulistas ou petistas, chega a 39% entre os mais pobres, 31% na classe média e 28% na alta.

Esses resultados mostram uma tendência de maior apoio à direita nas classes média e alta, embora isso não implique uma adesão automática ao bolsonarismo. Nos três segmentos analisados, o apoio à direita é superior ao apoio a Bolsonaro, com o apoio à direita mais do que dobrando na classe alta.

Entre os mais pobres, Lula tem apoio massivo, com 28% identificando-se com ele, contra 11% de esquerdistas não lulistas. Esse apoio diminui conforme a renda, com 16% de apoiadores de Lula e 15% de esquerdistas na classe média e 12% e 16%, respectivamente, na classe alta.

Além disso, a pesquisa revela que uma parcela significativa da população, independentemente da classe social, se declara sem posicionamento político: 31% na classe baixa, 32% na classe média e 27% na classe alta.

O levantamento também mostra que o interesse por política aumenta conforme a renda. Entre os mais pobres, 38% se dizem desinteressados por política, enquanto esse número diminui para 28% na classe média e 21% na classe alta. Por outro lado, 11% dos mais pobres se dizem muito interessados em política, com esse percentual subindo para 15% na classe média e 20% entre os mais ricos. Aqueles que se dizem “mais ou menos” interessados representam 24% na classe baixa, 32% na classe média e 36% na classe alta.

Em relação à liberdade de expressão, a maioria dos entrevistados apoia o direito de se expressar, mesmo de forma ofensiva, sendo o apoio maior entre os mais pobres (64%), seguido pela classe média (59%) e pela classe alta (56%). No entanto, a rejeição ao discurso ofensivo cresce conforme a renda, com 33% na classe baixa, 38% na classe média e 42% na classe alta discordando dessa liberdade irrestrita.

A pesquisa também avaliou a confiança nas instituições. A Igreja Católica e as Igrejas Evangélicas apresentam índices de confiança superiores a 68% em todas as faixas de renda. Os militares também têm uma imagem positiva, especialmente na classe média, com 71% de confiança. Por outro lado, o Congresso Nacional é a instituição com pior percepção, com a maioria dos entrevistados expressando desconfiança, sendo essa rejeição mais pronunciada entre os mais ricos (55%) e menor entre os mais pobres (50%).

*Fonte: Correio Braziliense

Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/02/quaest-pobres-se-identificam-mais-com-lula-e-direita-prevalece-entre-os-ricos/