
Para muitas pessoas, o mês de julho é sinônimo de descanso e distração. Em um contexto cercado pela tecnologia e pela constante conexão à internet, é importante deixar o celular de lado e dedicar atenção a práticas que proporcionem lazer, diversão e saúde. Por isso, é essencial compreender que atividades ao ar livre podem beneficiar a sociedade, atuando, na maioria das vezes, como agentes de transformação física e mental. Com o objetivo de retratar essa realidade, OIMPARCIAL destaca a história de Maria Victória Patrício, uma jovem estudante cuja vida foi transformada pela disciplina que o esporte proporciona.
Além de servir como terapia e forma de lazer, as atividades físicas impactam diretamente o bem-estar das pessoas, promovendo saúde, foco e uma mudança de mentalidade, por meio da intensidade aliada à entrega. No entanto, essa não era a realidade de Victória. Ela relata que, no início de sua vida, não tinha envolvimento com esportes. “Pra mim, a relação com o esporte não foi algo natural desde a infância. Eu nunca fui a aluna do time de vôlei — na verdade, fugia da bola. Era aquela que sempre aparecia com dor no dia da aula. O esporte não parecia ser pra mim”, conta a jovem.
Mas a zona de conforto pode ser um lugar perigoso para quem busca desenvolvimento pessoal. Victória relata que decidiu buscar movimento e ir atrás de algo novo durante o período de isolamento, na pandemia de 2020. “Num cenário de muita instabilidade, me vi enfrentando ansiedade, desânimo e, como consequência, o sobrepeso. Foi nesse contexto que a vontade de me movimentar começou a surgir. Não por estética, nem por pressão, mas por uma necessidade real de sair da inércia e procurar um propósito”, revela.
Motivada a mudar seu estilo de vida, independentemente dos desafios e limitações, ela iniciou a prática da musculação com os recursos que tinha à disposição. “Sem academia e sem equipamentos, aderi aos treinos em casa — aqueles vídeos que a gente colocava no YouTube e tentava acompanhar. Pulava corda no quintal, fazia agachamentos com mochila, usava cabo de vassoura como barra. Era algo simples”, relembra.
Movimento que transforma
Após sentir os efeitos positivos da nova rotina, Victória afirma que estava decidida a não retornar à inércia física. “Quando a rotina voltou ao ‘normal’, uma coisa era certa: eu não queria abrir mão daquilo. O que começou como uma tentativa de sair do escuro foi minha virada de chave”, afirma.
Essa virada foi tão marcante que ela conheceu uma de suas maiores paixões: a arte de correr.
“A corrida chegou quase por acaso. O que começou como curiosidade se transformou em um processo de descoberta. Correr passou a ser meu momento mais esperado do dia — é um tempo só meu, onde penso, respiro, me desacomodo. É um compromisso comigo mesma”, expressa.
A jovem também compartilha como o esporte contribuiu para sua autoestima e saúde mental.
“Hoje me sinto mais firme, mais confiante e, acima de tudo, mais conectada. O esporte virou meu espaço de reconexão, meu lugar seguro. Não é sobre competir com ninguém, nem sobre performance — não sou atleta. É sobre amar isso tudo”, conta, emocionada.
Diante das grandes transformações em sua vida, Victória é um exemplo entre tantos que revelam o potencial do esporte como ferramenta de desenvolvimento humano e social. Por fim, ela deixa uma mensagem de incentivo àqueles que desejam começar.
“Todo mundo que hoje inspira, um dia foi iniciante também. Até os mais experientes já se sentiram perdidos, inseguros ou deslocados. A constância é o que transforma. Respeite seu processo e olhe para sua trajetória com carinho. Não existe comparação justa — o esporte é individual”, conclui.
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Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/07/quando-o-esporte-vira-recomeco/