Na 1ª reunião ordinária de 2025, o Tribunal do Júri da 4ª Vara da Comarca de Balsas realizou sessões nos dias 17, 18, 19 e 20 de fevereiro, condenando denunciados por “homicídios qualificados”, em quatro ações penais envolvendo crimes contra a vida.
O juiz Lucas Alves Silva Caland presidiu as sessões, realizadas no salão do júri, as três primeiras, e a última, no Auditório do Centro Universitário Unibalsas, com a participação de estudantes universitários.
Na primeira sessão, em 20 de fevereiro, Maria das Dores Brandão Lopes, conhecida como “Mara”, Jose Roberto Alves de Oliveira, conhecido como “Baiano” e Antônio Noleto de Araújo, conhecido como “Buriti”, foram condenados por homicídio qualificado.
Dívida de furto
O crime ocorreu na noite de 23/02/2023, por volta das 23h, em frente a uma oficina de conserto de lonas de carretas, no bairro Santo Amaro, em Balsas. Os dois homens teriam assassinado Willamark de Sousa, conhecido como “Cantor”, com 23 golpes de tesoura. A morte de Sousa teria sido encomendada por Maria das Dores, pelo valor R$ 4 mil, porque a vítima teria furtado cerca de R$2 mil da “boca de fumo” da mulher.
Maria das Dores foi condenada a 16 anos de reclusão; José Roberto Alves de Oliveira, a 13 anos e 4 meses e Antônio Noleto de Araújo, a 18 anos. O juiz negou o direito dos condenados de apelarem da sentença em liberdade e determinou a execução imediata da pena e o encaminhamento dos condenados para a penitenciária.
Ciúme de mulher
Na sessão de 19 de fevereiro, Mozaniel Barros Barbosa, pedreiro, natural de Goiatins (TO), foi condenado por homicídio qualificado contra Antônio Souza de Almeida, crime ocorrido na noite de 21/03/2023, por volta das 23h, em uma festa na localidade Brejo de Cima, zona rural de Balsas.
Na saída da festa, motivado por ciúmes de uma mulher, Barbosa, fazendo uso de uma faca, sem possibilitar qualquer chance de defesa, deu pelo menos sete golpes em Almeida, causando ferimentos que causaram a morte da vítima.
O juiz estabeleceu a pena de 13 anos e quatro meses de reclusão, pelo crime de homicídio qualificado e determinou o imediato cumprimento da pena fixada em sentença, encaminhando o condenado ao presídio.
Rixa de infância
Em 18 de fevereiro, foi a vez de Francisco de Assis Paulo Folha (“Chico Paca”), responder pelo crime do qual foi acusado. Por volta das 22h do dia 19 de dezembro de 2023, a vítima estava na porta de casa quando Folha chegou em uma moto e pediu um isqueiro.
Quando percebeu que o homem tinha uma faca, Barros começou a correr, mas tropeçou e recebeu um golpe na barriga. O motivo do crime seria uma antiga rixa de infância com o réu.
Por esse crime, Folha foi condenado a 12 anos de reclusão; mas, por possuir outra condenação, em 13/02/2025, a 4 anos de reclusão, o réu cumprirá 16 anos de reclusão imediata.
Homossexualidade exposta
Já em 17 de fevereiro, a dupla Thalysson dos Santos Silva Ferreira, vulgo “Pipi”, e José Carlos Carvalho da Silva Filho, auxiliar de serviços gerais, natural de Imperatriz, foram condenados por homicídio qualificado contra Gutemberg de Castro Silva Paz, 20 anos.
Segundo o inquérito policial, na manhã de 13/03/2022, em uma casa na Rua 13, nº 372, bairro Manoel Novo, em Balsas, Silva e Ferreira, em acordo, atiraram contra a cabeça da vítima. Segundo a polícia, Ferreira havia tido um relacionamento homossexual com Paz no passado, e estaria sendo ameaçado pela vítima de ter sua homossexualidade exposta.
Depois de matar Paz, a dupla arrancou os olhos da vítima e a enrolou em um lençol e jogou o corpo em uma estrada na zona rural, na entrada de Balsas. Ainda tentaram fingir um suicídio, enviando mensagem para a família da vítima, mandando apagar as imagens do sistema de monitoramento e limpando o local do crime.
Ferreira, já com duas condenações pela Justiça, foi condenado a 21 anos e oito meses de reclusão e um ano e oito meses de detenção. Silva pegou 19 anos e seis meses de reclusão.
Fonte: https://oimparcial.com.br/justica/2025/02/rixa-divida-ciumes-tribunal-do-juri-de-balsas-condena-sete-pessoas-por-crimes-contra-a-vida/
