
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) divulgaram, nesta sexta-feira (5), os resultados da Pesquisa Nacional de Preços da Cesta Básica de Alimentos referente a agosto de 2025. O levantamento acompanha mensalmente os valores de 12 ou 13 itens que compõem a cesta básica em todas as capitais do país.
Essa é a segunda edição do boletim nacional produzido em parceria entre as duas instituições, formalizada em julho. De acordo com os dados, São Luís registrou uma queda de 3,06% no custo da cesta em comparação a julho, ficando entre as capitais com maiores reduções, ao lado de Maceió (-4,10%), Recife (-4,02%), João Pessoa (-4,00%), Natal (-3,73%) e Vitória (-3,12%).
Apesar do recuo mensal, o panorama anual é de aumento: entre agosto de 2024 e agosto de 2025, todas as 17 capitais com série histórica comparável tiveram alta acumulada, variando de 3,37% (Belém) a 18,01% (Recife).
Diferenças regionais
São Paulo manteve a cesta básica mais cara do Brasil, ao custo de R$ 850,84, seguida por Florianópolis (R$ 823,11), Porto Alegre (R$ 811,14) e Rio de Janeiro (R$ 801,34). Já os menores valores foram observados em capitais do Norte e Nordeste: Aracaju (R$ 558,16), Maceió (R$ 596,23), Salvador (R$ 616,23) e Natal (R$ 622,00).
Com base no valor da cesta de São Paulo e no que prevê a Constituição Federal, de que o salário mínimo deve cobrir despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, transporte, lazer e previdência, o DIEESE calcula mensalmente o salário mínimo ideal. Em agosto, o valor estimado foi de R$ 7.147,91, equivalente a 4,71 vezes o salário mínimo em vigor (R$ 1.518,00).
Ainda segundo a pesquisa, o trabalhador precisou, em média, de 101 horas e 31 minutos de jornada mensal para adquirir a cesta básica em agosto, tempo inferior ao de julho (103 horas e 40 minutos). Para quem recebe o piso nacional, a alimentação básica comprometeu 49,89% da renda líquida, contra 50,94% no mês anterior.
Alimentos em queda
O recuo no custo da cesta básica foi influenciado pela redução de preços de alguns produtos essenciais:
Arroz agulhinha: queda em 25 capitais, com destaque para Macapá (-8,78%) e Florianópolis (-5,79%).
Feijão: recuo em 25 cidades; em São Luís, o feijão carioca caiu -5,22%.
Carne bovina de primeira: queda em 18 capitais, chegando a -3,87% em Vitória.
Batata: redução em 10 das 11 capitais pesquisadas, com destaque para Florianópolis (-18,35%).
Tomate: queda em 25 capitais, variando de -26,83% (Brasília) a -3,13% (Belém).
Açúcar: preços menores em 22 cidades, como Manaus (-5,84%) e Cuiabá (-5,19%).
Café em pó: queda em 24 capitais, com destaque para Brasília (-5,50%).
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Fonte: https://oimparcial.com.br/economia/2025/09/sao-luis-registra-uma-das-maiores-quedas-no-preco-da-cesta-basica-do-brasil/