Segurança Pública do MA usa inteligência artificial e recupera mais de 200 veículos com restrição policial

A Secretaria da Segurança Pública do Maranhão tem investido em soluções inovadoras para prevenir e reprimir a criminalidade. Na Grande Ilha, região com população estimada em 1,5 milhão de habitantes, a inteligência artificial vem transformando a estratégia de monitoramento e resposta policial. Como resultado, só com o uso da tecnologia, mais de 200 veículos furtados, roubados ou clonados foram recuperados – cinco deles só em janeiro deste ano, e 10 criminosos procurados pela justiça foram capturados.

“Estamos sempre realizando investimentos robustos para modernizar e fortalecer a segurança do Maranhão. Sob a liderança do governador Carlos Brandão, temos adotado as melhores estratégias para assegurar a proteção do povo maranhense. A inteligência artificial é um exemplo desse avanço, acompanhando o que há de mais moderno em tecnologia para otimizar o monitoramento, a prevenção e a resposta rápida às ocorrências”, elencou o secretário da Segurança Pública, Maurício Martins.

O uso da inteligência artificial na Grande Ilha vem se expandindo desde 2022 e está agregado ao parque de videomonitoramento existente no estado, que conta, atualmente, com cerca de 400 câmeras PTZ, que têm rotação de 360°, câmeras OCR, especializadas na leitura de placas de veículos, e câmeras fixas, que garantem monitoramento contínuo em pontos estratégicos.

A inteligência artificial que auxilia na recuperação de veículo e captura de criminosos é operada pelo Centro de Operações de Segurança (Ciops) e funciona da seguinte forma: um operador de vídeo alimenta e atualiza o sistema com informações sobre veículos furtados, roubados, clonados, com placas adulterados ou em situação de apropriação indébita. Além disso, são incluídos veículos envolvidos em crimes como homicídios e assaltos.

A entrada desses dados no sistema ocorre por meio de diversas fontes, como registros de ocorrências via 190, boletins de ocorrência realizados em delegacias, entre outras bases de dados, o que possibilita a abordagem de veículos com base em fundada suspeita.

O diretor do Ciops, coronel Wallace Amorim, destaca que o uso da inteligência artificial é parte importante do processo de modernização da segurança pública, permitindo maior precisão no monitoramento e na identificação de situações de risco. “A tecnologia auxilia na rápida análise de dados, possibilitando respostas mais ágeis e eficientes por parte das forças de segurança, além de otimizar o emprego de recursos para a prevenção e repressão da criminalidade”.

Com relação aos foragidos da justiça, a operacionalidade segue uma dinâmica semelhante: o sistema permite a inclusão de fotos para reconhecimento facial, criando um banco de dados com informações provenientes da Secretaria da Administração Penitenciária (Seap), incluindo presos que não retornaram após saída temporária (desde que tenham novo mandado de prisão contra eles, conforme a prevê a legislação), desaparecidos e pessoas com mandado de prisão em aberto, extraídas do Banco Nacional de Medidas Penais e Prisões (BNMP).

Dinâmica

Com esses registros em sistema, tanto de veículos com registro de furto, roubo, apropriação indébita ou de envolvimento em outros crimes, bem como de criminosos foragidos da justiça, o operador é alertado imediatamente todas as vezes que a câmera faz o reconhecimento do objeto. No caso de foragidos, é mostrado o rosto registrado no momento e a fotografia existente no banco de informações, dando, inclusive, o percentual de confiança de que se trata da mesma pessoa.

Sempre que o operador recebe um alerta, a diretriz é acionar imediatamente a unidade policial mais próxima do local onde o veículo ou suspeito foi identificado. O objetivo é viabilizar a recuperação do bem ou a captura do foragido, não apenas como uma ação repressiva, mas, sobretudo, como uma medida preventiva para evitar novas ocorrências.

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