
Mais um passo importante foi dado para o reconhecimento das comunidades tradicionais que vivem no Parque Estadual de Mirador, no Maranhão. Entre os dias 27 de março e 1º de abril, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), por meio da Superintendência de Biodiversidade e Áreas Protegidas, realizou o processo de autodeclaração das comunidades da região.
A autodeclaração é parte fundamental para o reconhecimento formal das comunidades no Cadastro Estadual de Povos e Comunidades Tradicionais, coordenado pela Secretaria de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop).
Para Laís Morais Rêgo, superintendente de Biodiversidade e Áreas Protegidas da Sema, a ação marca um momento histórico.
“Esse processo representa um avanço na implementação de políticas voltadas à melhoria da qualidade de vida dos moradores, aliadas à preservação dos recursos naturais”, afirmou.
Morador do povoado Angico do Itapecuru e membro do Conselho Consultivo do Parque, Félix Carneiro celebrou a parceria entre governo e comunidades.
“Estamos vivendo uma nova fase, com a chance de enfrentar os desafios em conjunto e cuidar da nossa casa comum: o meio ambiente”, disse.
As reuniões de autodeclaração foram realizadas com apoio da consultoria Saberes Populares, em quatro regiões: Posto do Mel (27/03), Posto dos Mosquitos (28/03), Posto da Geraldina (31/03) e Posto do Zé Miguel (1/04). Ao todo, cerca de 300 moradores participaram, representando 60 comunidades.
Os encontros contaram com a presença de representantes da gerência do programa Copaíbas, do Funbio, do Conselho Consultivo do Parque (Conpem), da Cáritas Diocesana de Balsas, do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) de Loreto, da Sedihpop e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Mirador.
Amanda Costa, secretária adjunta de Povos e Comunidades Tradicionais da Sedihpop, destacou a importância do reconhecimento.
“Essa política pública fortalece a cidadania e os direitos humanos, promovendo, ao mesmo tempo, a preservação da biodiversidade”, explicou.
A gerente do programa Copaíbas, Paula Ceotto, que acompanha as ações no Parque, elogiou a atuação da Sema.
“É um trabalho bonito de fortalecimento da unidade de conservação, e é visível o vínculo crescente entre o poder público e as comunidades”, avaliou.
O antropólogo Márcio Ranauro, da consultoria Saberes, explicou que a iniciativa inclui uma caracterização antropológica das populações que vivem no parque.
“Nosso objetivo é identificar a tradicionalidade dessas comunidades para garantir sua permanência e o respeito ao modo de vida e cultura locais”, disse.
As ações fazem parte do programa Comunidades Tradicionais, Povos Indígenas e Áreas Protegidas nos Biomas Amazônia e Cerrado (Copaíbas), uma iniciativa gerenciada pelo Funbio, com financiamento da Iniciativa Internacional do Clima e Florestas da Noruega (NICFI), via Ministério das Relações Exteriores da Noruega.
Fonte: Governo do Maranhão
Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/04/sema-realiza-etapa-historica-de-reconhecimento-das-comunidades-tradicionais-no-parque-estadual-de-mirador/