14 de agosto de 2025
Segundo IBGE, Maranhão alcança crescimento recorde do setor industrial e
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O Plano Brasil Soberano, anunciado na quarta-feira (13) para mitigar os impactos do “tarifaço” norteamericano sobre produtos brasileiros, foi recebido com apoio e sugestões de aprimoramento por entidades representativas da indústria. As medidas, que incluem linhas de crédito, adiamento de tributos e reativação de incentivos, visam proteger empresas nacionais afetadas pelas tarifas de até 50% impostas pelo governo dos EUA.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) classificou o plano como “positivo“, especialmente pela criação de uma linha de crédito de R$ 30 bilhões com juros reduzidos e pelo adiamento do pagamento de impostos tederais. “As medidas atendem a demandas setoriais e trazem alívio financeiro em um momento crítico”, afirmou Ricardo Alban, presidente da CNI. “Mas não queremos só respirar; queremos caminhar. É preciso buscar novos mercados, como a União Europeia, e avançar em acordos bilaterais.

A entidade já contratou escritórios de advocacia nos EUA para defender interesses comerciais brasileiros e espera que o Congresso Nacional priorize a tramitação da medida provisória do plano.

Abiquim: Setor químico elogia, mas alerta para efeitos indiretos

A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), cujas exportações aos EUA somam US$ 2,5 bilhões anuais, considerou o plano um “avanço”, mas destacou riscos para setores dependentes de insumos químicos, como plásticos, calçados e têxteis.

As medidas dialogam com demandas históricas do setor, mas é urgente negociar mais exclusões tarifárias com Os EUA“, disse André Passos Cordeiro, presidente da Abiquim. “A relação Brasil-EUA é complementar, e decisões não devem ser pautadas por geopolítica, mas por critérios técnicos”, completou.

A entidade reforçou que 20 empresas químicas norte-americanas operam no Brasil, evidenciando a interdependência das cadeias produtivas.

Abit pede agilidade para medidas beneficiarem têxteis e confecções

A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) também apoiou o plano, destacando linhas de crédito, drawback e modernização de processos de exportação como medidas essenciais para proteger empregos e competitividade. “As ações são relevantes, mas precisamos de implementação ágil para que os benefícios cheguem rápido às empresas”, afirmou a entidade, que promete contribuir com propostas de aprimoramento nos canais de diálogo com o governo.

Próximos passos: Pressão por negociações e eficácia na aplicação

Enquanto as indústrias reconhecem o alívio imediato proporcionado pelo piano, a pressão por resultados concretos nas negociações com os EUA e a efetividade das medidas domésticas seguem como desafios. O governo brasileiro mantém a estratégia de diálogo, mas setores afetados exigem respostas rápidas para evitar perdas maiores.

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Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/08/setores-industriais-avaliam-plano-do-governo-como-passo-importante-contra-tarifas-dos-eua/