
Dores no corpo, tosse, febre, coriza, congestão nasal, dentre outros sintomas tem sido comumente observado em boa parte da população do Maranhão nesta época do ano.
Nas últimas semanas, unidades hospitalares públicas e privadas da capital maranhense têm registrado uma crescente demanda por leitos clínicos e de UTI destinados a pacientes com sintomas respiratórios severos.
A mais recente edição do Boletim InfoGripe da Fiocruz faz uma alerta sobre a influenza A, que já se tornou a principal causa de mortalidade por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em idosos e uma das três principais causas de óbitos por SRAG entre as crianças.
O cenário também aponta aumento nas hospitalizações por influenza A em diversas partes do país, com níveis moderados a altos de incidência em vários estados do Centro-Sul, além de alguns do Norte e Nordeste.
Em 15 das 27 unidades da Federação (UF), segundo o Boletim, apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco, com sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e também em Tocantins.
Sinal de alerta
Além disso, oito unidades da Federação (UF) também apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco, porém sem sinal de crescimento na tendência de longo prazo nos estado de: Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Pará, Sergipe e Rio Grande do Norte.
Mortalidade de crianças cresce
A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, chama a atenção que a mortalidade por SRAG nas crianças pequenas se aproxima daquela observada nos idosos.
A principal causa de mortalidade por SRAG nos idosos é o vírus da influenza A, seguida pela Covid-19. Já nas crianças pequenas, o VSR permanece como a principal causa de mortalidade por SRAG, seguido pelo rinovírus e pela influenza A.
Diante desse quadro, Portella orienta que todas as pessoas dos grupos mais vulneráveis se vacinem contra o vírus da influenza “o quanto antes”. Os pesquisadores do InfoGripe reforçam que a vacina é a ação mais eficaz para prevenir hospitalizações e mortes causadas pela doença.
“Além disso, reforçamos a importância do uso de máscaras em unidades de saúde, locais com maior aglomeração de pessoas e, principalmente, em caso de aparecimento de sintomas de gripe ou resfriado”, afirma Portella.
O Boletim aponta ainda que os casos de SRAG na população de jovens, adultos e idosos, geralmente associados à influenza A, seguem em franco crescimento em muitos estados, chegando a patamares de incidência de moderado a muito alto nessas faixas etárias em diversos estados do Centro-Sul (Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Mato Grosso, Espírito Santo e Santa Catarina), além de em alguns estados do Norte (Amapá, Pará e Rondônia) e no Nordeste (Ceará e Maranhão).
Vacinação
Na capital, secretarias de saúde estadual e municipal tem realizado campanha itinerante de vacinação para aumentar a cobertura vacinal contra influenza e covid-19.
De acordo com especialistas, o aumento de casos de SRAG está diretamente relacionado à baixa adesão à campanha de vacinação contra a gripe deste ano. Apenas 58% do público-alvo em São Luís compareceu aos postos até o início de maio, número abaixo da meta de 90% estipulada pelo Ministério da Saúde.
Para conter o avanço do surto, a Prefeitura de São Luís anunciou medidas emergenciais, incluindo a ampliação dos horários de atendimento nas UBSs.
Enquanto o vírus se espalha, especialistas reforçam que a única forma de conter novas internações é através da prevenção. A Secretaria de Estado da Saúde chama atenção da população maranhense para a etiqueta respiratória, ou como melhor são conhecidas, as medidas de proteção à saúde, evitando assim o adoecimento das pessoas neste período sazonal.
Fazem parte da etiqueta respiratória cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, sempre higienizar as mãos com álcool em gel ou lavagem das mãos com sabão e água corrente, bem como evitar aglomerações para reduzir a transmissão de vírus e demais doenças transmitidas por gotículas ou contato humano.
Para além dos cuidados individuais, é importante que cada indivíduo esteja com a sua caderneta vacinal atualizada, principalmente crianças (6 meses a 6 anos de idade), idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas como diabetes, hipertensão ou doenças autoimunes. Paralelo a isso, é importante que aos primeiros sinais e sintomas um profissional médico deverá ser procurado em unidade de saúde.
Surto leva ao aumento de internações por Síndrome Respiratória em São Luís

São Luís enfrenta um expressivo aumento nos casos de gripe, com destaque para o vírus Influenza A, que vem se espalhando rapidamente entre todas as faixas etárias.
A situação acompanha a tendência nacional: surtos da doença têm provocado a lotação de unidades de saúde e o crescimento no número de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente entre idosos e pessoas com imunidade comprometida.
Segundo especialistas, a circulação mais intensa do Influenza A neste período do ano tem agravado quadros clínicos que, até então, poderiam ser considerados leves. Nas últimas semanas, hospitais públicos e privados da capital maranhense têm registrado uma crescente demanda por leitos clínicos e de UTI destinados a pacientes com sintomas respiratórios severos.
Febre alta, dores no corpo, cansaço extremo, falta de ar e tosse persistente são sintomas que têm levado a população a buscar ajuda médica — muitas vezes já em estágio avançado da infecção.
Febre alta, dores no corpo, cansaço extremo, falta de ar e tosse persistente são sintomas que têm levado a população a buscar ajuda médica — muitas vezes já em estágio avançado da infecção.
Grupos sensíveis e risco de mortalidade
Embora popularmente conhecida como uma “gripe forte”, a influenza pode evoluir para complicações graves, sobretudo em idosos, gestantes, pessoas com doenças crônicas e imunodeprimidos, podendo ser até fatal.
O Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação anual contra o vírus e alerta para os perigos da automedicação e do diagnóstico tardio. Médicos reforçam o alerta: é fundamental reconhecer os sintomas e procurar uma unidade de saúde o mais rápido possível. Em idosos e imunocomprometidos, a infecção pode evoluir rapidamente para pneumonia viral ou bacteriana, insuficiência respiratória e até óbito.
Diagnóstico precoce e preciso é essencial
Nesse contexto, o diagnóstico precoce tornou-se uma ferramenta essencial no controle da disseminação do vírus. Ele deve ser prioritariamente realizado em pessoas dos grupos de risco (idosos, gestantes, crianças, pessoas com doenças crônicas) que apresentem sintomas de uma gripe forte — febre, dor de cabeça, fadiga, dores no corpo e tosse.
Em São Luís, o Laboratório Lacmar oferece o Teste Molecular PCR para Influenza, considerado o exame mais confiável e sensível para a detecção do material genético do vírus. Ao contrário dos testes rápidos, que apresentam maior margem de erro, o PCR molecular identifica a presença do vírus ainda nas fases iniciais da infecção, permitindo o início imediato do tratamento e evitando complicações.
O exame está disponível nas unidades do Lacmar, com coleta simples por swab nasofaríngeo (secreção nasal) e resultado disponível em poucas horas.
A testagem correta salva vidas. Quando o diagnóstico é realizado logo nos primeiros dias de sintomas, os médicos conseguem maior eficácia no tratamento, com a indicação do antiviral apropriado e, assim, evitam o agravamento do quadro clínico.
Cuidados redobrados e prevenção
Enquanto o pico do surto segue elevado, a orientação das autoridades sanitárias é clara: uso de máscaras em ambientes fechados, higienização constante das mãos, etiqueta respiratória e, principalmente, a atualização da caderneta de vacinação contra a gripe.
Fonte: https://oimparcial.com.br/saude/2025/05/sinal-de-alerta-para-gripe-no-maranhao-casos-de-internacoes-aumentam/