5 de outubro de 2025
Startup maranhense leva soluções sustentáveis a partir do babaçu para
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A startup maranhense Apoena Bioindustrial, que transforma o coco babaçu em insumos sustentáveis, vai ser um dos destaques da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – COP 30, que acontece em Belém (PA), no mês de novembro. A empresa levará soluções inovadoras, que unem tecnologia, tradição extrativista e impacto climático positivo.

Localizada em Coroatá – MA, município da região dos Cocais, onde predomina a palmeira do babaçu, a Apoena Bioindustrial foi escolhida entre mais de 100 candidatas por sua proposta inovadora e impacto positivo nas comunidades e para o meio ambiente.

A seleção aconteceu no Demoday do Hub de Inovação Climática, realizado em São Paulo, uma iniciativa do Impact Hub em parceria com o programa PoMuC e a GIZ. O projeto selecionado inclui um aditivo bioativo capaz de reduzir o consumo de dióxido de carbono no agronegócio, diminuindo custos e promovendo a sustentabilidade no setor.

Apoena, que vem do tupi-guarani significa “aquele que vê mais longe” ou “aquele que vai mais longe”. O nome faz referência a significados de visão ampla e à capacidade de ir além do horizonte, conceito este bastante utilizado por organizações e iniciativas, especialmente as relacionadas à sustentabilidade e ao meio ambiente.

Atuando em um mundo marcado pela busca da sustentabilidade, a Apoena tem no babaçu a base para tecnologias inovadoras que ganham destaque crescente no mercado. A empresa desenvolveu um método que aproveita integralmente o fruto, ampliando suas aplicações e valorizando a atividade tradicional de catação do coco, mantida por séculos pelas comunidades agroextrativistas do estado do Maranhão.

“Abraçamos o coco babaçu como um ativo precioso da sociobiodiversidade amazônica, dedicando-nos à sua transformação integral para impulsionar a sustentabilidade e o desenvolvimento regional”, explica Márcia Werle, CEO da Apoena.

Segundo dados levantados pela Apoena, o babaçu ocupa aproximadamente 25 milhões de hectares no território brasileiro, com produção de 2,5 toneladas por hectare, o que assegura a disponibilidade total de 62,5 milhões de toneladas de coco/ano. Apenas 6% das áreas de babaçuais são hoje aproveitadas e só 7% do fruto (em peso) é utilizado, o que indica que em torno de 0,27% do volume total de coco produzido disponível é, de fato, aproveitado.

“A finalidade do empreendimento é também contribuir para melhorar as condições de trabalho das quebradeiras de côco babaçu e aumentar o potencial econômico e mercadológico do fruto, contribuindo para a geração de renda das pessoas envolvidas, pela implantação de um sistema industrial para a quebra e extração da matéria prima com 100% de aproveitamento dos insumos”, ressalta Márcia.

Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/10/startup-maranhense-leva-solucoes-sustentaveis-a-partir-do-babacu-para-cop30/