O Supremo Tribunal Federal decidiu manter a advogada Susan Lucena na administração provisória da Federação Maranhense de Futebol (FMF). A decisão foi confirmada pelo ministro Flávio Dino, que analisou a denúncia apresentada pelo presidente afastado da entidade, Antônio Américo.

A determinação assegura a continuidade da intervenção judicial que está em vigor desde agosto deste ano e mantém afastados Américo e outros 16 dirigentes. Além de validar as medidas adotadas pela Justiça do Maranhão, o ministro fixou a realização de uma audiência de conciliação até março de 2026 — o que, na prática, prolonga o período de gestão provisória.

A intervenção na FMF foi instaurada pela Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, sob comando do juiz Douglas de Melo Martins. À época, toda a diretoria e o conselho fiscal da federação e do Instituto Maranhense de Futebol foram destituídos, e Susan Lucena recebeu a missão de conduzir um novo processo eleitoral.

Ao manter o cenário atual, o STF reforça entendimento de que a atuação judicial deve buscar equilíbrio entre o interesse social e a autonomia das entidades esportivas. A decisão também garante tempo adicional para que a reorganização institucional avance sem risco de novas disputas internas comprometerem a gestão do futebol maranhense.