Suspeita de envenenamento usou identidade falsa e teve prisão convertida em preventiva

A Justiça do Maranhão converteu em prisão preventiva o flagrante de Jordélia Pereira Barbosa, de 35 anos, suspeita de envenenar três membros de uma mesma família com um ovo de Páscoa em Imperatriz. A detenção foi decretada após a Polícia Civil identificar que ela usou identidade falsa para se hospedar em um hotel da cidade, sob o nome de “Gabrielle Barcelli”.

Durante o registro no hotel, Jordélia apresentou um crachá de uma suposta empresa de gastronomia e afirmou estar em processo de mudança de nome, justificativa aceita pela recepção, o que permitiu sua reserva. Imagens do documento mostram-na usando peruca preta, e conversas por aplicativo confirmam a alegação de identidade em transição.

O crime veio à tona quando Mirian Lira Rocha, de 38 anos, sua filha Evely Fernanda, de 13, e o filho Luís Fernando, de 7, apresentaram sintomas graves de intoxicação após consumirem o chocolate. Mirian e Evely permanecem em estado grave na UTI do Hospital Municipal de Imperatriz, enquanto Luís Fernando não resistiu e faleceu em decorrência de parada cardiorrespiratória, sendo enterrado na manhã desta sexta-feira.

Investigadores apuram sequências de mensagens e imagens que ligam Jordélia ao ex-companheiro de Mirian, o que reforça a linha de investigação de crime motivado por ciúmes e vingança. A suspeita admitiu ter comprado o ovo de Páscoa, mas nega ter adulterado o produto com substâncias tóxicas. As amostras do chocolate foram encaminhadas para perícia, que buscará confirmar a presença de veneno e determinar a causa exata da morte da criança.

Jordélia será transferida para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, onde aguardará o julgamento das acusações de tentativa de homicídio qualificado e de homicídio consumado. A Polícia Civil mantém as investigações em curso para elucidar todos os detalhes do caso.