24 de julho de 2025
Por unanimidade, STF valida decisão de Dino que liberou emendas
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Os dez réus do núcleo 3 da trama golpista que é julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) devem passar por novo interrogatório na próxima segunda-feira, dia 28 de julho. A agenda determinou a data nesta quarta-feira (23) pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso na Corte, que deve conduzir os depoimentos na investigação. O grupo investigado é formado por réus que teriam realizado ações táticas que incluíam o monitoramento de alvos do complô e planos de sequestro e execução de autoridades. 

Hoje, também foram finalizados os depoimentos de todas as testemunhas dos quatro núcleos da trama golpista, com a oitiva dos últimos nomes listados pelas defesas do núcleo 3. Após esses últimos depoimentos, todas as testemunhas que se dispuseram a comparecer para responder a perguntas relacionadas à tentativa de golpe de Estado foram ouvidas, seja por indicação da acusação ou das defesas dos 31 réus que compõem os quatro núcleos do processo.

Está agendado para esta quinta-feira (24) o interrogatório dos seis réus do núcleo 2, que foram acusados de conduzir as mobilizações estratégicas para o sucesso do plano golpista, com a redação de uma minuta de decreto golpista e a utilização desonrosa e ilegítima da estrutura da Polícia Rodoviária Federal (PRF). 

Ainda na mesma data, serão interrogados também os sete réus do núcleo 4, que de acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) foram responsáveis por propagar notícias falsas e desinformação visando formar uma desconfiança nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral, formando clima social favorável ao golpe.

Os processos de interrogação dos acusados serão transmitidos ao vivo pela TV Justiça, assim como aconteceu com os depoimentos dos réus do núcleo 1 da trama golpista. Em ações penais, tal processo costuma ocorrer de forma pública e aberta, porém o caso da trama golpista é o primeiro em que são também veiculados ao vivo pelos canais oficiais do Supremo. 

Além disso, o procedimento é distinto do adotado para as oitivas das testemunhas. Especificamente para esse caso, por ordem de Moraes, os depoimentos não foram transmitidos, podendo ser acompanhados somente por jornalistas diretamente de uma sala, em Brasília. Com a finalização de todos os depoimentos, as gravações com as argumentações das testemunhas dos núcleos 2, 3 e 4 da trama golpista devem ser anexadas aos autos de cada ação penal. 

O julgamento da trama golpista foi separado em quatro ações penais, de acordo com fatiamento do caso realizado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, com autorização da Primeira Turma do Supremo. O processo de divisão foi justificado como sendo uma maneira de racionalizar e agilizar o processamento do caso, apesar de criticado pelas defesas. 

Conheça abaixo quem são os réus de todos os núcleos de investigação do caso:

Núcleo 2

  • Filipe Martins (ex-assessor de assuntos internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro);
  • Marcelo Câmara (ex-assessor de Bolsonaro); Silvinei Vasques (ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal);
  • Mário Fernandes (general do Exército);
  • Marília de Alencar (ex-subsecretária de Segurança do Distrito Federal);
  • Fernando de Sousa Oliveira (ex-secretário adjunto de Segurança do Distrito Federal).

Núcleo 3

  • Bernardo Romão Correa Netto (coronel do Exército);
  • Cleverson Ney Magalhães (tenente-coronel);
  • Estevam  Theophilo (general);
  • Fabrício Moreira de Bastos (coronel);
  • Hélio Ferreira (tenente-coronel);
  • Márcio Nunes de Resende Júnior (coronel);
  • Nilton Diniz Rodrigues (general);
  • Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel);
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel);
  • Ronald Ferreira de Araújo Júnior (tenente-coronel);
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel);
  • Wladimir Matos Soares (policial federal).

Núcleo 4

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército);
  • Ângelo Martins Denicoli (major da reserva);
  • Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente);
  • Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel);
  • Reginaldo Vieira de Abreu (coronel);
  • Marcelo Araújo Bormevet (policial federal);
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal).

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Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/07/trama-golpista-stf-termina-de-ouvir-depoimentos-de-testemunhas-do-nucleo-3/