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As ordens de serviço para a construção dos Lotes 9 e 10 da Ferrovia Transnordestina foram assinadas nesta quinta-feira (11/12). Estes trechos, considerados os mais complexos no Ceará, cobrem a ligação de Baturité a Aracoiaba (Lote 9, 46 km) e de Aracoiaba a Caucaia (Lote 10, 51 km), atravessando o Maciço de Baturité, e concluem a Fase 1 da ferrovia.

O superintendente da Sudene, Francisco Alexandre, destacou a importância da obra: “O ato de hoje representa a vontade política de governos para concluir uma obra estratégica para o Nordeste, que é a Transnordestina. Ela trará indústria, comércio, geração de renda e será uma importante alternativa logística para a Região e, em especial para o Ceará.”

Financiamento e impacto econômico

A Sudene é uma das principais financiadoras da Transnordestina, utilizando recursos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). No total, serão investidos R$ 7,4 bilhões do FDNE na ferrovia até 2027, além de R$ 800 milhões do antigo Finor. Desse montante, R$ 5,6 bilhões já foram liberados, com novo aporte financeiro do FDNE previsto para este mês.

O governador do Ceará, Elmano de Freitas, afirmou que serão gerados mil empregos diretos em cada lote. Ele ressaltou que a ferrovia é uma importante obra logística com potencial de dobrar o movimento de cargas no Porto de Pecém e garantir acesso a grãos mais baratos. Esses grãos beneficiarão diretamente, em um primeiro momento, a cadeia produtiva do leite nas regiões do Sertão Central e do Vale do Jaguaribe.

Cronograma da obra

A conclusão total da Transnordestina está prevista para 2028. No entanto, espera-se que em 2026 a ferrovia já tenha trechos em operação, com o início do comissionamento e o transporte de cargas ligando Bela Vista (PI) a Iguatu (CE). A operação plena terá foco no transporte de grãos do Piauí ao Porto do Pecém.

A assinatura dos Lotes 9 e 10 segue a ordem de serviço do Lote 8 (46 km), assinada em junho, que abrange os municípios de Baturité, Quixadá, Itapiúna e Capistrano. Outros cinco lotes (4, 5, 6, 7 e 11) estão atualmente em execução, abrangendo a região central do Ceará e o acesso ao Porto do Pecém.