No último domingo (16), a Universidade Estadual do Maranhão (Uema) participou de um painel sobre a oferta de cursos técnicos e superiores para comunidades que vivem sob a influência das marés, durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém (PA). O evento, realizado na “Casa Vozes do Oceano”, discutiu o tema “Escolas das Marés e das Águas e a experiência do Programa de Formação Docente para a Diversidade Étnica (Proetnos)”.
O encontro, promovido pela Comissão Nacional dos Povos Extrativistas e Costeiros (Confrem), tornou-se um espaço de troca de saberes com a participação de especialistas e lideranças, como Alberto Lopes, presidente da Associação dos Moradores do Taim e coordenador regional da Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas Costeiras e Marinhas (Confrem) no Maranhão.
Entre os presentes estava o cientista marinho Vincent Chen, de Taiwan, que visitou o Forte do Presépio e integrou discussões climáticas. “Nós vimos pessoas com diferentes pensamentos, mas uma hora, todos nós temos que lutar pelo meio ambiente do mundo inteiro. Especialmente na Amazônia, que eu só conhecia pelos livros de quando eu era jovem, então estou muito feliz de estar aqui e contribuir na COP30”, destacou.
“No painel estou representando dois cursos superiores de tecnologia da Uema na área costeira do Maranhão. Os cursos são Tecnologia em Recursos Pesqueiros e Tecnologia em Turismo, uma parceria da Uema com a Confrem e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O nosso objetivo é oferecer formação profissional e promover o desenvolvimento sustentável das comunidades extrativistas e populações tradicionais nos Lençóis Maranhenses. Estamos aqui para discutir iniciativas e trabalhar em conjunto para alcançar esses objetivos”, afirmou a coordenadora do Núcleo de Tecnologias para Educação da Uema, Lígia Tchaicka.
Durante o painel, o coordenador regional da Confrem, Alberto Cantanhede, também conhecido como Beto do Taim, destacou que a participação na COP 30 é uma oportunidade de mostrar o protagonismo da organização e promover a educação voltada às comunidades costeiras e marinhas.
“A importância de estar presente na COP30 é mostrar o nosso protagonismo como liderança da Confrem. É expandir a educação de nível superior de forma contextualizada, com materiais didáticos que falem sobre os dados das marés e das variações do tempo. A população costeira e marinha sempre ficou em desvantagem no ensino formal, em todos os níveis, desde o básico até o superior. Hoje, estamos dando um passo importante, sabendo que ainda há muito a fazer. É importante divulgarmos a Escola das Marés e das Águas como um piloto, um protótipo que precisa ser expandido”, ressaltou.
Maranhão na COP30
O evento, iniciado no dia 10 de novembro, entra agora em sua última semana. O Maranhão ainda participará de diversas reuniões. No dia 19 de novembro (quarta-feira), pela manhã, integrará o painel “Agricultura familiar, pessoas e recursos naturais: florestas produtivas, produção de alimentos e oportunidades de baixo carbono”. À tarde, estará no painel “Agroflorestas, Água e Resiliência Climática na Amazônia”, na Zona Green.
No dia 20 de novembro (quinta-feira), pela manhã, o estado participará do encontro “Sistemas Integrados e Monitoramento Climático nas cadeias produtivas amazônicas”, e, durante a tarde, do painel “Gestão Sustentável e Financiamento Climático: Planos Integrados para Justiça Social, Resiliência Climática e Produção Sustentável na Amazônia”.
*Fonte: Governo do Maranhão
Fonte: https://oimparcial.com.br/educacao/2025/11/uema-integra-painel-sobre-educacao-e-sustentabilidade-costeira-na-cop30/
