Vestuário lidera intenção de compra no Natal em São Luís

Novos dados da Pesquisa de Intenção de Consumo para o Natal 2025, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Maranhão (Fecomércio-MA), revelam que 56,2% dos consumidores de São Luís estão dispostos a comprar. O levantamento também destaca como irão pagar, onde devem realizar as compras e quais fatores influenciam a decisão neste fim de ano.

Entre os consumidores que pretendem presentear no Natal, o estudo mostra que a maioria (60,2%) optará por comprar dois presentes. Vestuário lidera disparado, sendo citado por 66,2% dos entrevistados. Em seguida aparecem brinquedos, categoria tradicional do período, e sapatos e acessórios, que completam o trio mais procurado.

Itens como cama, mesa e banho, perfumaria e cestas natalinas também terão demanda relevante, embora em menor proporção. Já produtos de maior valor agregado – como celulares, eletroportáteis, eletrodomésticos – aparecem com menor incidência, possivelmente devido à antecipação das compras durante a Black Friday.

Para o presidente da Fecomércio-MA, Maurício Feijó, o comportamento registrado pela pesquisa representa uma oportunidade estratégica para o empresariado.

“Os dados mostram que o consumidor está mais disposto a comprar. Isso exige das empresas uma atenção maior ao mix, à precificação e às ações de atração. Quando o varejo alinha variedade, boas ofertas e experiência de compra, transforma intenção em faturamento e amplia margens justamente no período mais competitivo do ano”, destacou.

Formas de pagamento

Quanto aos meios de pagamento, o cartão de crédito segue predominante, citado por 68,9% dos entrevistados. Pagamentos à vista, em dinheiro ou PIX, aparecem com 33,4%, enquanto o débito representa 20,8%. Modalidades como crediário e PIX foram pouco mencionados.

Entre os que parcelam, prevalece a busca por prazos curtos, movimento compatível com o perfil de compras de itens de menor valor. As parcelas entre 1 e 6 vezes concentram 72,6% das menções, especialmente 6x, 3x, 4x e 5x. Parcelamentos longos – acima de 10 vezes – são exceção, representando apenas 1,4% das intenções.

Locais de compra

As lojas de shopping permanecem líderes, com 48,2% das intenções, seguidas por lojas de rua e bairros (36,2%) e pelo tradicional centro comercial da Rua Grande (28,8%). Segmentos de menor participação, como camelôs, supermercados e internet, mostram comportamento ainda pouco expressivo para a data.

Entre os consumidores que citaram compras on-line, roupas aparecem como o item mais buscado (71,4%), seguidas por eletrodomésticos (28,6%), produtos para cabelo (19,8%) e brinquedos (19,8%). A análise segmentada por gênero revela um uso mais intenso do e-commerce por mulheres na categoria de vestuário, enquanto homens se concentram em eletrodomésticos.

Comemoração e dias preferidos de compra

A pesquisa também detalha como os consumidores pretendem comemorar o Natal. Segundo o levantamento, 58% dos entrevistados devem celebrar a data, sendo que 71,7% farão a festa em casa ou na casa de parentes e amigos. Restaurantes (5,2%) e igrejas (3,7%) aparecem em menor proporção, enquanto apenas 0,4% planejam viajar. Outros 35% ainda não decidiram se terão celebração.

Os dias preferidos para as compras seguem distribuídos ao longo da semana, o que deve manter o fluxo contínuo no comércio. Apenas 31,7% afirmam não ter dia definido, enquanto sábado, quarta-feira, terça-feira e segunda-feira concentram as maiores intenções. Para o varejo, esses dados ajudam na organização de equipes e planejamento de ofertas.

A pesquisa mostra ainda os principais fatores que influenciam a decisão de compra. As promoções são o determinante mais citado (74,4%), seguidas por preço (67,5%), variedade de produtos (17,9%), recepção dos vendedores (9,5%) e qualidade (8,9%). A vitrine, a disponibilidade imediata e a escolha prévia da loja têm peso menor, mas ainda influenciam parte dos consumidores.

O estudo ouviu 700 consumidores entre 11 e 14 de novembro de 2025, em pontos de grande fluxo da capital. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro é de 3,2 pontos percentuais, considerando o universo estimado de 791.768 consumidores com 18 anos ou mais.