
A jovem Danielly Morais,vitima do caso conhecido como “Boa Noite Cinderela” em Balsas veio a público esclarecer os fatos e pedir justiça. Ela contou que não consome bebidas alcoólicas, e que o drink era sem álcool e que a bebida foi adulterada por um homem com quem mantinha amizade há cerca de dez anos, o acusado era seu compadre, e ela é madrinha da filha dele.
Segundo o relato, os efeitos da substância foram tão fortes que ela ficou dois dias desacordada, com problemas de visão e sob risco de morte, conforme informou o médico que a atendeu. “O médico deixou claro que eu corri risco de vida”, afirmou.
Mesmo debilitada, a jovem conseguiu registrar denúncia na Delegacia da Mulher (DEM), que iniciou as investigações. Câmeras de segurança mostram o momento em que o suspeito manipula o drink e, em seguida, leva a vítima completamente dopada. Após a saída do bar, ele permaneceu com ela por cerca de duas horas em um local ainda não identificado.
Em áudios que circulam nas redes sociais e aplicativos de mensagens, o próprio suspeito admite ter solicitado o medicamento com a intenção de estuprá-la. A vítima relatou que, ao despertar, sentiu vergonha, nojo e repulsa ao imaginar o que pode ter acontecido enquanto estava inconsciente.
“Nenhuma mulher merece passar pelo que eu passei. Nunca confie sua bebida a ninguém”, desabafou a jovem.
A vítima também destacou que o caso deve servir de alerta para outras mulheres, principalmente sobre o risco de confiar em pessoas próximas.
O que diz a lei
De acordo com o artigo 217-A do Código Penal Brasileiro, configura estupro de vulnerável qualquer ato sexual ou libidinoso praticado com pessoa que, por qualquer motivo, não possa oferecer resistência — incluindo situações em que a vítima está desacordada, sob efeito de entorpecentes, embriagada ou com deficiência mental. Nesses casos, o crime é considerado hediondo, e a pena pode chegar a 15 anos de reclusão.
Relembre o caso
A prisão do suspeito foi resultado de uma operação conduzida pela Delegacia Especial da Mulher de Balsas, coordenada pela delegada Ana Marisa Barbat. Após a denúncia e a coleta de provas consideradas robustas, a prisão preventiva foi decretada pela Justiça. Durante o interrogatório, o acusado confessou o crime.
A Delegacia da Mulher reforça o pedido para que toda a população continue atenta e colaborando com denúncias, pois o apoio da sociedade é fundamental na proteção e na defesa das vítimas de violência.
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Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/10/vitima-do-boa-noite-cinderela-em-balsas-quebra-o-silencio-e-pede-justica-nenhuma-mulher-merece-passar-por-isso/