Uberlândia lidera a produção de suínos em Minas Gerais, com 623.933 cabeças. O volume coloca a cidade como a segunda maior produtora do Brasil, atrás apenas de Toledo (PR), que soma 950 mil cabeças de suínos. Os dados são da Pesquisa da Pecuária Municipal 2024, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estado mineiro se destaca como o que mais consome carne suína no país. E neste ano Minas ampliou o consumo interno. Também de acordo com o IBGE, o estado atingiu média de 27,4 kg per capita, superando a média nacional de 20,5 kg.
Segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), a atividade em Uberlândia reforça a preferência mineira pela carne suína, que aparece em pratos tradicionais como feijão tropeiro, canjiquinha com costelinha, torresminho crocante, barriga à pururuca e pão de queijo com pernil. “O desempenho reflete anos de investimento em qualidade de produção, informação e aproximação com o consumidor final”, afirma o presidente da Asemg, Donizetti Couto.
O consumo interno também colabora para a valorização dos suínos. O mercado suinícola mineiro registrou aumento no preço do suíno vivo e da carne, em agosto deste ano. O quilo do animal alcançou R$ 8,57/kg, com alta mensal de 5,4%, segundo o último Boletim do Suíno do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Carne suína gera R$ 6,8 bilhões por ano em Minas Gerais
O Brasil alcançou 43,9 milhões de suínos em 2024, ano em que o IBGE registrou recorde no abate. A quantidade de animais abatidos cresceu 1,2%, e o peso médio das carcaças aumentou 0,6%.
A suinocultura mineira movimenta 3,78 milhões de cabeças de suínos, produz 594 mil toneladas de carne e gera R$ 6,8 bilhões anuais. O setor emprega cerca de 200 mil pessoas e contribui com R$ 320 milhões em tributos estaduais.
As exportações também crescem. Minas embarcou 7,8 mil toneladas de carne suína no segundo trimestre deste ano, avanço de 49,8% em relação ao mesmo período de 2024.
O chefe da Seção de Pesquisas Agropecuárias do IBGE em Minas Gerais, Humberto Silva Augusto, destaca que o abate de suínos em Minas mantém crescimento constante e superior à média nacional. O estado ocupa o quarto lugar em rebanho e produção e concentra polos importantes na Zona da Mata, em Pará de Minas e no Triângulo Mineiro — onde Uberlândia se destaca como símbolo da expansão da cadeia suinícola.
VEJA TAMBÉM:
-

A cidade “congelante” que abastece o Brasil com maçãs
Exportação de suínos bate recorde
O Brasil registrou recorde histórico nas exportações de suínos em 2025. Foram 134 mil toneladas de carne suína in natura embarcadas entre janeiro e outubro, alta de 25% em relação ao mesmo período do ano anterior.
As Filipinas, maior compradora de suínos brasileiros no ano, ampliaram as importações em 68% e responderam por 24% do volume total exportado. China, Chile e Japão completaram a lista dos principais destinos, com 12%, 9% e 8% de participação, respectivamente. A diversificação de mercados reforça o alcance global da carne suína nacional.
O preço médio de exportação dos suínos se manteve estável, em US$ 2.580 por tonelada. Além das vendas externas, o mercado doméstico mostrou fôlego. O consumo aparente de carne suína aumentou 6% em comparação com 2024. A oferta maior foi bem absorvida, consolidando a trajetória positiva do setor.
VEJA TAMBÉM:
-

A cidade que reúne o maior rebanho suíno do Brasil com quase 1 milhão de animais
-

Berço de gigantes de alimentos, região é referência na exportação de proteína animal
-

Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/brasil/a-cidade-que-faz-minas-gerais-liderar-consumo-carne-suina/
