
Felipe Amorim
Mulher mais votada na história da Alerj, em 2022, com 174.132 votos, Renata Souza era nome certo no PSOL para tentar uma vaga na Câmara dos Deputados, no ano que vem. Entretanto, um quebra-cabeça de candidaturas deve fazer com que se mantenha na assembleia estadual, sem ir para Brasília – pelo menos, neste momento. É que, na avaliação interna, os votos dela seriam redundantes com os da hoje ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e da deputada Talíria Petrone, que certamente se candidatarão à Câmara federal em 2026 ou ao Senado.
Logo, as três correriam na mesma raia, dividindo eleitores, e o PSOL perderia uma grande puxadora de votos na Assembleia Legislativa do Rio. Além disso, Renata foi mãe no ano passado e terá um filho bebê na época do pleito. Por isso, o sonho de desembarcar em Brasília deve ser deixado para depois.
Atuante, a deputada registrou uma ocorrência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), no ano passado, depois de receber uma ameaça de morte via e-mail. A mensagem foi direcionada ao e-mail institucional de Renata na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e a integrantes de sua equipe e suas contas pessoais na internet.
O e-mail, assinado por um suposto internauta identificado, continha trechos de teor racista e misógino. Renata Souza, que foi candidata à prefeitura do Rio de Janeiro em 2020, iniciou sua carreira política como assessora da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018. Este histórico reforça a seriedade das ameaças recebidas e a necessidade de uma investigação aprofundada por parte das autoridades.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/a-equacao-que-deve-fazer-renata-souza-desistir-de-ser-candidata-a-camara-no-ano-que-vem/