O secretário de Transporte do Estado, Washington Reis, comentou a operação da Polícia Federal de que foi alvo na manhã desta quinta-feira. Segundo ele, os agentes aprenderam papeis e objetos pessoais, mas nada relacionado à vacinação nem ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O político é investigado por um suposto esquema de fraude de cartão de vacinas contra a Covid-19 na época em que era prefeito, que teria beneficiado o ex-presidente.
— Foi um mandado do Supremo Tribunal Federal do Alexandre de Moraes, querendo saber de cartão de vacina do Bolsonaro. Reviraram a casa de cabeça para baixo, não tenho nada a esconder. Moro aqui há 57 anos, eles podem vir 600 vezes. O que acho engraçado é que é sempre em época de eleição. Estou há dois anos esperando, não aparece nada. Mas vida que segue. Levaram papel, mas de vacina zero. Não vou julgar e bater boca com Justiça— afirmou o político, após a PF deixar sua residência.
Ele está no foco da investigação da segunda fase da Operação Venire, deflagrada hoje, enquanto Bolsonaro e seus aliados foram alvos da primeira etapa. Segundo a PF, o objeto desta ação é identificar novos beneficiários do esquema.
Washington Reis era prefeito de Duque Caxias, município da Baixada Fluminense, que serviu como base para a inserção de dados falsos nas cadernetas de vacinação de Bolsonaro, Cid e da família Reis.
Segundo a PF, os registros fraudulentos nos sistemas do Ministério da Saúde eram feitos pelo então secretário municipal de governo de Caxias João Carlos de Sousa Brecha, que foi nomeado ao cargo por Washington Reis. Além de prefeito, o secretário também já foi vereador, deputado estadual três vezes e deputado federal por dois mandatos.
Com informações do GLOBO.
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Fonte: https://agendadopoder.com.br/alvo-de-operacao-da-pf-washington-reis-se-pronuncia-o-que-acho-engracado-e-que-e-sempre-em-epoca-de-eleicao/