Amoêdo ataca silêncio de governadores aliados ao bolsonarismo sobre sanção dos EUA a Moraes – Agenda do Poder

O empresário e ex-candidato à Presidência da República João Amoêdo usou as redes sociais para criticar duramente o silêncio de quatro governadores diante da recente sanção imposta pelo governo dos Estados Unidos ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em publicação feita no X (antigo Twitter), Amoêdo apontou omissão de Tarcísio de Freitas (SP), Ronaldo Caiado (GO), Ratinho Jr. (PR) e Romeu Zema (MG) diante do episódio.

“Tarcísio, Caiado, Ratinho Jr. e Zema seguem em silêncio sobre a aplicação da Lei Magnitsky contra um ministro do STF. Em vez de defender a autonomia do Brasil, a nossa Constituição e o cumprimento das leis, os governadores, com medo de perder o apoio de eleitores bolsonaristas, optaram pela omissão. Depois de uma postura de submissão a Bolsonaro em inúmeras ocasiões, agora dão uma demonstração de covardia”, escreveu Amoêdo. Para ele, os quatro nomes demonstram não ter liderança nem coragem para priorizar princípios acima de interesses eleitorais.

A aplicação da Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes foi anunciada pelo Departamento de Estado norte-americano em 30 de julho. Segundo o comunicado oficial, o magistrado teria atuado em “censura opressiva, detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e processos politizados”, incluindo casos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente réu em ação penal no STF por suposta tentativa de golpe de Estado e declarado inelegível até 2030.

A medida norte-americana gerou forte reação no Brasil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva repudiou a decisão e classificou como “inaceitável a interferência do governo norte-americano na Justiça brasileira”. Já os governadores citados por Amoêdo, até o momento, não se manifestaram publicamente sobre o episódio.

A crítica do ex-presidenciável amplia a pressão sobre nomes do centro-direita que buscam se consolidar como possíveis candidatos ao Planalto em 2026. Para Amoêdo, a postura diante de temas como soberania nacional e defesa das instituições será um critério decisivo para avaliar quem está preparado para liderar o país.