Ao menos seis senadores não planejam disputar reeleição em 2026; saiba quem são eles

Ao menos seis senadores com mandato até 2026 indicam que não pretendem concorrer à reeleição no próximo pleito. As razões incluem o desejo de disputar outros cargos, atender a movimentações internas de seus partidos ou mesmo encerrar a trajetória política. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo, com base em apuração do Estadão/Broadcast.

Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Cid Gomes (PSB-CE), Mara Gabrilli (PSD-SP), Paulo Paim (PT-RS), Oriovisto Guimarães (PSDB-PR) e Eduardo Girão (Novo-CE) compõem a lista inicial, que pode aumentar com a proximidade das eleições de 2026. Ao todo, 54 das 81 cadeiras do Senado estarão em disputa, o que promete uma das corridas mais acirradas dos últimos anos, com partidos de direita buscando ampliar sua presença na Casa.

Rodrigo Pacheco
Atual senador por Minas Gerais e ex-presidente do Senado, Pacheco estuda disputar o governo mineiro em 2026. Caso não viabilize essa candidatura, pode aceitar um cargo no Executivo federal ou simplesmente deixar a política. O senador é aliado do presidente Lula, que o chamou de “futuro governador” em um evento recente no Estado. Entretanto, enfrenta resistência interna no PSD, sobretudo do ministro Alexandre Silveira, possível rival na disputa estadual.

Cid Gomes
Irmão do ex-presidenciável Ciro Gomes, Cid sinalizou que apoiará o deputado federal Júnior Mano (PSB-CE) para sucedê-lo no Senado. Apesar de descartar uma nova candidatura, Cid afirma que seguirá ativo na política: “Pretendo continuar militando e atuando nas articulações políticas”, declarou. Ele também afastou a possibilidade de tentar o governo do Ceará.

Mara Gabrilli
Inicialmente disposta a buscar a reeleição, Mara Gabrilli (PSD-SP) reviu sua estratégia após orientações da cúpula do partido. Agora, deve disputar uma vaga como deputada estadual. A decisão reflete uma tentativa do PSD de abrir espaço no Senado para nomes mais alinhados à direita, de olho em acordos futuros.

Paulo Paim
Decano da esquerda no Senado, Paim (PT-RS) já comunicou oficialmente que encerrará sua trajetória parlamentar em 2026, após três mandatos consecutivos. Filiado ao PT há quatro décadas, ele pretende seguir engajado nas causas sociais e nas articulações da esquerda, mas fora dos mandatos eletivos.

Oriovisto Guimarães
Um dos parlamentares mais ricos do Congresso Nacional — com patrimônio de R$ 239 milhões declarado em 2018 — Oriovisto (PSDB-PR) afirmou que cumprirá apenas seu mandato atual. “Nunca tive intenção de fazer carreira política. Esse foi um ciclo que chega ao fim”, disse ao Estadão.

Eduardo Girão
Eleito em 2018 com apoio do bolsonarismo, Girão (Novo-CE) planeja disputar o governo do Ceará em 2026. Ele tentou a prefeitura de Fortaleza em 2024, mas obteve pouco mais de 1% dos votos. Ex-dirigente do Fortaleza Esporte Clube, o senador mantém influência no eleitorado conservador do Estado.

Com a renovação de dois terços do Senado prevista para o próximo pleito, a movimentação dessas figuras pode redefinir o equilíbrio de forças na Casa Alta e influenciar os rumos da política nacional nos anos seguintes.