21 de setembro de 2024
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A Câmara dos Deputados vive um clima de expectativa à medida que o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), se aproxima da escolha de quem terá seu apoio na disputa pela presidência da Câmara em 2024. Lira, que expressou sua intenção de tomar uma decisão até sábado (31), enfrenta um cenário cada vez mais incerto, com a diminuição do favoritismo de Elmar Nascimento (União Brasil-BA), seu amigo pessoal e até então principal candidato, que sofre resistência do governo federal, especialmente por ele ser um opositor do governo na Bahia

Nos últimos dias, as articulações políticas e a resistência de membros do próprio União Brasil, além de críticas vindas do governo Lula, tornaram o panorama mais complexo para Elmar. Essa situação abriu espaço para outros candidatos ganharem força na disputa, como Antonio Brito (PSD-BA) e Marcos Pereira (Republicanos-SP), vice-presidente da Casa. Outros nomes também surgem como possibilidades mais distantes, incluindo Hugo Motta (Republicanos-PB) e Dr. Luizinho (PP-RJ).

Até recentemente, Elmar Nascimento era visto como o favorito, em parte por sua proximidade pessoal com Lira.. Essa mudança de cenário complicou o panorama, levando à especulação de que o anúncio de Lira pode ser adiado para além do sábado.

Antonio Brito e Marcos Pereira, por outro lado, continuam firmes em suas candidaturas, indicando que a unidade desejada por Lira entre os candidatos pode ser difícil de alcançar.

Ambos são figuras influentes, com Brito tendo uma base sólida no PSD e Pereira possuindo forte apoio dentro dos Republicanos e sendo vice-presidente da Câmara. Além disso, outros nomes, como Hugo Motta (Republicanos-PB) e Dr. Luizinho (PP-RJ), voltaram a ser mencionados nos bastidores, embora sejam vistos como menos competitivos.

O apoio de Lira é crucial para qualquer candidato, dado seu poder e influência dentro da Câmara, evidenciado por sua reeleição em 2023 com um recorde de 464 votos dos 513 deputados.

Contudo, o maior desafio para Lira não é apenas escolher um sucessor, mas garantir que esse sucessor mantenha sua influência na Casa após sua saída da presidência. A história recente mostra que ex-presidentes da Câmara, como Eduardo Cunha e Rodrigo Maia, tiveram dificuldades em manter relevância política depois de deixarem o cargo, algo que Lira quer evitar.

Além das movimentações internas, há também o contexto político mais amplo. Embora o presidente Lula tenha afirmado que não interferirá diretamente na disputa, sua posição como chefe do Executivo inevitavelmente afeta o processo, especialmente quando se trata de candidatos que têm relações mais conflituosas com o governo federal.

Lira, que se reuniu recentemente com Lula para discutir vários temas, incluindo a sucessão na Câmara, precisa equilibrar essas pressões políticas enquanto tenta garantir a continuidade de sua influência.

Diante desse cenário complexo, há a possibilidade de que o anúncio de Lira sobre quem ele apoiará seja adiado para a semana de 9 de setembro, quando haverá o último esforço concentrado de trabalho antes das eleições municipais. Se isso acontecer, aumentará a expectativa e a incerteza, prolongando as negociações e tornando o processo ainda mais imprevisível.

Por fim, independentemente de quem Lira escolher para apoiar, a disputa pela presidência da Câmara em 2024 será marcada pela luta por poder, influência e pela tentativa de manter o controle sobre uma das mais importantes casas legislativas do Brasil.

Com informações do Metrópoles.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/arthur-lira-nao-divulga-candidato-a-sucessao-e-aumenta-expectativa-entre-postulantes-elmar-nascimento-perde-forca-na-disputa/