Auxiliares próximos de Jair Bolsonaro interpretam que a decisão de Valdemar Costa Neto de prosseguir com o processo que pode cassar Sergio Moro tem o propósito de fazer um gesto em direção ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a colunista Bela Megale, do Globo, Bolsonaro pressionou Valdemar para que o PL não apelasse ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) caso Moro fosse absolvido na primeira instância e ele assegurou a Moro que seu partido cumpriria essa promessa. Contudo, Valdemar decidiu seguir com a ação após o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná dar ganho de causa ao senador.
Valdemar argumenta que a legenda não pode desistir da cassação do mandato de Moro devido a uma cláusula contratual com os advogados. “Nós preferiríamos retirar o recurso, mas, se o PL não recuar, será obrigado a pagar a multa, conforme estipulado no contrato. Atualmente, o partido depende exclusivamente do fundo partidário, e estamos sem recursos próprios para quitar esse valor desde 2023, quando fomos multados em R$ 22,9 milhões pelo ministro (do STF) Alexandre de Moraes”, explicou o presidente do PL ao repórter Gabriel Sabóia.
Inicialmente, Valdemar justificava a necessidade de prosseguir com a ação alegando que havia utilizado recursos públicos do partido no processo. Agora, ele recorre ao contrato firmado com os advogados.
Bolsonaro e seus aliados questionam essas justificativas e interpretam a ação como uma clara tentativa de agradar ao STF.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/auxiliares-de-bolsonaro-atribuem-a-valdemar-costa-neto-continuidade-do-processo-que-pode-resultar-na-cassacao-de-moro/