20 de janeiro de 2025
Deputados da Alerj farão sobrevoo de helicóptero em Imunana-Laranjal
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Deputados bolsonaristas da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) vibraram com a posse do presidente Donald Trump e o anúncio do fim da “agenda woke” nos Estados Unidos. Em discurso, nesta segunda-feira (20/01), Trump avisou que vai “acabar com as políticas de gênero”, destacando que só existe homem e mulher. Dias antes, ele foi ainda mais enfático: “vamos acabar com essa insanidade de transgêneros, tirar isso tudo das nossas escolas. Vamos manter os homens fora dos esportes femininos”.

Thiago Gagliasso e Renan Jordy, ambos do PL, destacaram em redes sociais esse trecho do discurso de posse de Trump, enquanto Alan Lopes, do mesmo partido, e presidente da Comissão de Educação da Alerj, escreveu que “hoje a esquerda chora, e a direita vibra”.

Lopes também compartilhou nos stories uma foto ainda no período da campanha eleitoral norte-americana, na qual ele e o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União), vestem camisas com a imagem de Trump estampada com os dizeres “Make America great again” (Torne a América grande de novo).

O deputado Rodrigo Amorim (União), presidente da Comissão de Constituição e Justiça, aproveitou para postar uma arte com a frase “2026 é logo ali”, no qual aparecem os presidentes da Argentina, Javier Milei, Trump e Jair Bolsonaro, revelando esperança no retorno do ex-presidente brasileiro ao Palácio do Planalto.

Presidente da Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia da Alerj, o deputado Márcio Gualberto (PL) compartilhou uma postagem de Glenn Greenwald, na qual o jornalista norte-americano escreve:

“Boa parte da esquerda vem afirmando – mentindo – que Bolsonaro não foi convidado para a posse de Trump. A manchete do @wsj: ‘Trump convidou Bolsonaro para sua posse’. O artigo relata: ‘A equipe de posse de Trump confirmou ao Journal que Bolsonaro foi convidado’ – mas não Lula.”

Já Filippe Poubel (PL) destacou que a fé voltará a guiar a política: “Um novo tempo está prestes a surgir no mundo! Trump participa de evento comemorativo do jeito certo. Louvando!”, junto a um vídeo em que o presidente dos EUA e a primeira-dama Melania Trump assistem a uma queima de fogos com louvor de trilha sonora.

Cenário atual

Apesar das comemorações e apostas em torno de Jair Bolsonaro, o ex-presidente está impedido de disputar um cargo público até 2030, após ter sido condenado à inelegibilidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023.

A Corte entendeu que ele praticou abuso de poder político e usou indevidamente meios de comunicação ao atacar, sem provas, as urnas eletrônicas em uma reunião com embaixadores às vésperas da campanha de 2022.

O antigo chefe do Executivo evita citar quem seria o seu candidato nas próximas eleições, caso não possa se lançar à presidência e, em entrevistas, o ex-mandatário afirmou que aposta no Congresso para reverter a sua inelegibilidade.

Indiciamento pela PF

Indiciado pela Polícia Federal (PF) em novembro pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de direito e organização criminosa, o ex-presidente pode pegar um gancho maior e ficar inelegível até 2061 caso seja processado e condenado com pena máxima, em 2025, pelos supostos delitos.

Os crimes atribuídos pela PF ao ex-presidente no inquérito que aponta uma tentativa de golpe no país podem chegar a 28 anos de prisão como pena máxima. Após cumprida a pena de quase três décadas, Bolsonaro teria ainda mais oito anos de inelegibilidade por conta da aplicação de punição prevista na Lei da Ficha Limpa.

Essa soma, que não leva em consideração eventuais pedidos de acréscimo de pena, eleva o prazo de inelegibilidade do ex-presidente até 2061.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/bolsonaristas-da-alerj-vibram-com-a-posse-de-trump-na-presidencia-dos-eua/