8 de abril de 2025
Bolsonaro ataca Moraes e repete que poderia ter sido preso
Compartilhe:

No ato pela anistia aos condenados pelo atos golpistas de 8/1, na Av.Paulista, em São Paulo, Bolsonaro foi acompanhado de sete governadores aliados: Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Jorginho Melo (PL-SC), Romeu Zema (Novo-MG), Wilson Lima (União-AM), Mauro Mendes (União-MT), Ratinho Júnior (PSD-PR), Ronaldo Caiado (União-GO). A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), também comparecem.

O ex-presidente Jair Bolsonaro citou as mulheres condenadas com penas elevadas pelo Supremo. E tentou falar em inglês para dizer que a corte estava sentenciando por golpe de Estado até pipoqueiro e vendedor de sorvetes: “Popcorn seller and ice cream sellers”. Bolsonaro voltou a atacar o ministro Alexandre de Moraes, dizendo que ele usa avião da Força Aérea Brasileira para assistir jogo de futebol.

O ex-presidente voltou a dizer, como fizera no ato de Copacabana, que se não tivesse saído do País em dezembro de 2022 teria sido preso. “O golpe deles só não foi perfeito porque no dia 30 de dezembro teria sido preso no Brasil e estaria apodrecendo na cadeia ou quem sabe assassinado por essas pessoas que botaram esse vagabundo na presidência”, afirmou Bolsonaro.

O ex-presidente disse ainda que não é igual aos petistas e que não rouba o governo. Citou que o inquérito sobre as vacinas foi arquivado. “Eu estou no caminho deles. Se acham que vou desistir, fugir, estão enganados. Fiz juramento e cumpro: defender minha pátria com sacrifício da própria vida. O que os canalhas querem é me matar”, disse.

Disse ainda que eleição em 2026 sem seu nome como candidato é negar a democracia. Bolsonaro citou também decisões judiciais que tentaram barrar políticos em outras nações. Antes de discursar e em vários momentos do ato os manifestantes gritavam palavras de ordem como “volta Bolsonaro”.

A movimentação na Paulista é marcada por referências à cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, que pichou “perdeu, mané” na estátua que simboliza a Justiça, em frente ao STF, com batom. O ministro Alexandre de Moraes, da Suprema Corte, propôs uma pena de 14 anos de prisão para ela, que foi para prisão domiciliar e responde ao processo em liberdade desde o mês passado.

Michelle Bolsonaro levanta batom e faz homenagem a mulher que pichou ‘perdeu mané’

Ao discursar, a primeira-dama Michelle Bolsonaro chamou religiosos ao carro de som para dizer que todos ali defendem a anistia. Ela pegou um batom para lembrar a cabeleireira e dizer que ela é o “símbolo da luta pelo Brasil”. Michelle ainda disse que ministros do Supremo têm agido com injustiça ao definir as penas e pediu ao ministro Luiz Fux que não deixe “mães” na cadeia. Fux já declarou no STF que as penas impostas poderiam ser revistas.

Michelle também pregou que a população deve saber escolher seus candidatos em 2026. “Teremos dias melhores no Brasil”, disse. Ela ainda colocou três dos filhos ao lado do marido Bolsonaro: Flávio, Carlos e Jair Renan e lembrou que outro filho, o deputado Eduardo está fora do País.

Tarcísio diz que prisão é para assaltante, ladrão de celular, invasor de terra e corrupto

No discurso, Tarcísio de Freitas disse que se ovo, a carne e outros alimentos estão caros é porque Bolsonaro precisa voltar. Citou ainda outros episódios da história do País em que houve concessão de anistia e que o instituto pode ser recuperado agora. “Eu quero prisão sim é para assaltante, para quem rouba celular, para quem invade terra e para corrupto”, disse o governador.

Com informações do jornal Estado de São Paulo, Estadão

Fonte: https://agendadopoder.com.br/bolsonaro-ataca-moraes-e-repete-que-poderia-ter-sido-preso-em-2022-se-nao-tivesse-saido-do-pais/