
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) saiu em defesa do irmão, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), após a divulgação de mensagens em que o deputado chamou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de “ingrato do caralho”. A troca de ofensas, revelada pelo portal Metrópoles na quarta-feira (20), faz parte de relatório da Polícia Federal (PF) no âmbito da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado.
Em entrevista ao canal Auriverde Brasil, Flávio minimizou o episódio e criticou a exposição dos diálogos, afirmando que as mensagens foram enviadas em um momento de forte pressão. Segundo ele, Eduardo estava sob estresse à época por temer a apreensão de seu passaporte, quando vivia nos Estados Unidos.
“Você imagina a cabeça do Eduardo em um momento desse. Tomar uma decisão que vai impactar sua esposa, o futuro dos filhos dele. […] Era um momento em que ele se via exposto e buscava alternativas fora do Brasil”, disse o senador.
“Ninguem dá ênfase que o Eduardo pede desculpas”
Flávio ressaltou que, apesar da gravidade das palavras, houve retratação. “Tem aquela troca de farpas dele com o meu pai no áudio que vaza, mas ninguém dá ênfase que, logo na sequência, o Eduardo pede desculpas. Obviamente não é assim que um filho se dirige ao pai. Foi o calor da emoção, e às vezes acontece”, afirmou.
A briga foi desencadeada após Jair Bolsonaro declarar, em entrevista, que o filho não era “tão maduro assim” para a política. A reação de Eduardo foi imediata: em mensagens enviadas pelo WhatsApp, respondeu com palavrões e até ameaças, chegando a mencionar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em tom de ataque.
O episódio vem à tona no mesmo dia em que Jair e Eduardo Bolsonaro foram indiciados pela Polícia Federal sob acusação de coação no processo que investiga a tentativa de golpe. O ex-presidente é apontado pela PF como líder de uma organização criminosa que buscou impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/calor-da-emocao-flavio-explica-xingamento-de-eduardo-a-bolsonaro-revelado-pela-pf/