O plenário da Câmara do Rio retorna nesta terça-feira (5), após um mês de recesso de meio de ano, e a pauta da volta aos trabalhos está recheada de análise de vetos. Ao todo, são 11 projetos que receberam caneta vermelha do prefeito em algum trecho e podem ser aprovados integralmente pelos vereadores, independentemente da vontade direta do alcaide. Entre eles está o infame projeto de lei que cria o Dia da Cegonha Reborn no Calendário Oficial do Rio.
A proposta do vereador Vitor Hugo (MDB) visa dar reconhecimento a artesãs dos famosos bebês reborn, que viraram febre nas redes sociais e renderam assunto por longas semanas. À época, Eduardo Paes (PSD) não perdeu a chance de caçoar do edil em seu Instagram. Agora é chance do moço dar a volta por cima e enfim emplacar seu projeto. Se derrubado o veto — que precisa ter a maioria dos votos dos 51 parlamentares ou seja, ao menos 26 —, a data será comemorada anualmente no dia 4 de setembro — ainda em tempo para este ano.
“O nascimento de um bebê é um momento singular na vida de uma mulher, e não é diferente para as mamães reborn, porém, os seus filhos são enviados por cegonhas, sendo esse o nome conferido às artesãs que customizam bonecas para se parecerem com bebês reais”, justifica o parlamentar no texto da medida.
Três projetos vetados do mesmo autor
Se com três ocorrências pode pedir música, Vitor Hugo já pode ir montando a playlist. O nome do parlamentar também aparece em outros dois projetos vetados por Eduardo Paes — um total e outro parcialmente. Barrada pelo prefeito, uma das propostas cria o Projeto Praia Limpa é Lixo Zero na cidade. A medida prevê ações, metas, tecnologias, campanhas e métodos, em conformidade com as diretrizes globais de turismo sustentável, com objetivo de incentivar a reciclagem de resíduos sólidos e a redução do uso de plásticos descartáveis nas praias.
Os parlamentares também analisam os veto parcial ao projeto que cria o Programa de Saúde Mental, Prevenção de Depressão e Suicídio, realizado na modalidade online, com a finalidade de prestar atendimento psicológico aos cidadãos cariocas. A medida foi aprovada, mas teve determinados artigos, entre eles um que prevê parceria entre o Executivo e organizações não-governamentais, universidades públicas e privadas e outras instituições para oferecer atendimento de saúde mental aos pais e cuidadores diretos de pessoas com deficiência. Caso aprovadas, as medidas passam a valer na cidade.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/camara-do-rio-retoma-os-trabalhos-analisando-11-vetos-a-projetos-de-lei-incluindo-dia-da-cegonha-reborn/
