
A Casa de Samba Candongueiro, localizada no bairro de Pendotiba, em Niterói, deu o primeiro passo para ser reconhecida como patrimônio cultural imaterial do estado do Rio de Janeiro. A proposta, de autoria da deputada Verônica Lima (PT), foi aprovada nesta quinta-feira (14) em primeira discussão e reforça o papel do espaço como um dos mais importantes redutos do samba no país.
Fundado há mais de três décadas, o Candongueiro leva o nome de um instrumento de percussão típico do jongo e incorporado às rodas de samba. O local abriu suas portas em 1990 com um show de Wilson Moreira e, desde então, recebeu uma verdadeira constelação de artistas, entre eles Zé Kéti, Marisa Monte, Aldir Blanc, Beth Carvalho, Dudu Nobre, João Nogueira, Monarco, Nelson Sargento e Nei Lopes, além das velhas guardas de escolas como Portela, Mangueira e Império Serrano.
O espaço chegou a fechar entre 1993 e 1996, mas foi reaberto graças à mobilização dos frequentadores, com um show de Luiz Carlos da Vila. Suas paredes exibem fotografias, gravuras e reportagens que registram momentos marcantes da história da casa.
Atualmente, o Candongueiro também abriga o projeto Tocando Meu Candongueiro, que oferece oficinas de formação em pesquisa do samba, seminários com personalidades do gênero e um festival com rodas de samba mensais e convidados especiais.
Para Verônica Lima, o reconhecimento como patrimônio cultural imaterial é um passo importante para preservar e valorizar a tradição do samba em Niterói e no estado. O projeto de lei 2.178/2023 terá que passar por nova votação em plenário.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/candongueiro-pode-ser-declarado-patrimonio-cultural-do-estado/