22 de setembro de 2024
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O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) se reúne nesta quinta-feira (20/06), às 14h, para definir o futuro político da deputada Lucinha (PSD) com uma indefinição importante: há grandes chances de o processo ético-disciplinar que ela responde não ir a plenário, uma vez que o Regimento Interno da Casa abre brecha para que o próprio colegiado aponte uma solução para o caso.

O deputado Vinicius Cozzolino (União Brasil) já entregou seu parecer solicitando o arquivamento da ação. Sua decisão poderia ser ainda por uma advertência, censura, suspensão ou cassação do mandato. Só nos dois últimos casos é que haveria votação em plenário com a elaboração de um projeto de resolução. O procedimento seria nominal e por maioria absoluta, ou seja, deve ser aprovado por 36 dos 70 deputados.

Mas nos bastidores a orientação da Procuradoria é para que o caso se encerre mesmo no Conselho de Ética. Alguns membros, porém, estão incomodados com essa posição, considerando que o desgaste deveria ser dividido entre todos os parlamentares. Uma possível reviravolta seria a rejeição do parecer. Neste caso, se escolhe um novo relator para que ele apresente sua posição em até 48 horas.

A sessão de terça-feira foi cercada de buchichos e conversas reservadas entre os integrantes do conselho, os corregedores, o procurador Robson Maciel e o presidente Rodrigo Bacellar (União Bacellar). A tendência continua sendo pelo arquivamento, mas segundo um parlamentar uma dúvida ficou no ar. “Eu não sei de mais nada”, brinca.

O presidente do colegiado, Júlio Rocha (Agir), já fez a convocação. Além dos membros efetivos – Martha Rocha (PDT), Jorge Felippe Neto (Avante), Vinicius Cozzolino (União Brasil), Dani Monteiro (Psol), Renato Miranda (PL) e Cláudio Caiado (PSD) -, estarão presente na reunião os suplentes Dionísio Lins (PP) e Andrezinho Ceciliano (PT) e o corregedores parlamentares, Chico Machado (Solidariedade) e Val Ceasa (Patriota).

Denunciada

Na segunda-feira (17), o Ministério Público Estadual denunciou a deputada e a ex-assessora parlamentar Ariane Afonso Lima, sob a acusação de integrarem a milícia chefiada por Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, preso desde dezembro do ano passado.

De acordo com as investigações, as duas faziam parte do núcleo político da organização criminosa que age na Zona Oeste da cidade do Rio. Lucinha seria chamada de “madrinha” por sua influência. No dia 04, ela fez sua defesa oral de quase duas horas na Comissão e, no dia 07, entregou as alegações finais no processo parlamentar. Ela negou todas as acusações. 

O post Caso Lucinha: Processo que deputada responde no Conselho de Ética da Alerj pode não ir a plenário apareceu primeiro em Agenda do Poder.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/caso-lucinha-processo-que-deputada-responde-no-conselho-de-etica-da-alerj-pode-nao-ir-a-plenario/