![Cláudio Castro e bancada federal do Rio defendem a implantação](https://gazetadoleste.com/wp-content/uploads/2025/02/Claudio-Castro-e-bancada-federal-do-Rio-defendem-a-implantacao-1024x1024.jpg)
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e deputados da bancada federal do estado defenderam, nesta quarta-feira (5), a execução integral da Ferrovia EF-118, que conectará Vitória (ES) ao Rio de Janeiro, formando o Anel Ferroviário do Sudeste. A reunião ocorreu no Ministério dos Transportes, em Brasília, e contou com a presença do ministro Renan Filho.
O grupo pleiteia a inclusão do trecho Sul da ferrovia, que ligará o Porto do Açu, no norte do estado, ao município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Atualmente, está prevista a licitação apenas do trecho Norte, entre São João da Barra (RJ) e Anchieta (ES), com concessão estimada para o final de 2025, segundo informações do Ministério dos Transportes e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Impacto logístico e econômico
Cláudio Castro enfatizou a importância estratégica da ferrovia para o Brasil.
“O Anel Ferroviário do Sudeste contribuirá para o fortalecimento das exportações brasileiras e para o desenvolvimento do país. Atualmente, o Porto de Santos leva cerca de sete meses para atracar um navio. A EF-118 trará uma nova possibilidade logística para o Brasil”, disse o governador, que completou:
“O Porto do Açu, que ocupa uma área territorial equivalente ao dobro da ilha de Manhattan, tem potencial para se tornar o segundo maior porto do país”.
Com uma extensão total de 495 km, a ferrovia conectará a Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM), no Espírito Santo, à malha ferroviária da MRS, no Rio de Janeiro. Seu objetivo é integrar capitais, polos industriais e portos da Região Sudeste, aliviando gargalos no transporte de cargas, especialmente para os setores de agronegócio e mineração.
Pleito pelo trecho Sul
O projeto da EF-118 faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e é considerado o maior empreendimento ferroviário do Brasil nos últimos 40 anos. O primeiro trecho, de 170 km, atenderá ao escoamento de minério de ferro, ferro gusa e carvão-coque. Já o trecho Sul, que liga o Porto do Açu a Nova Iguaçu, permitirá o transporte de uma variedade maior de produtos, incluindo grãos, fertilizantes, contêineres, derivados de petróleo e bauxita.
O governador e os parlamentares pediram ao Governo Federal um cronograma definido para a implantação do trecho Sul, sem a exigência de demanda prévia, conforme havia sido cogitado.
Benefícios para o Rio e o Brasil
Além do impacto econômico e logístico, a ferrovia promete beneficiar diretamente 24 municípios fluminenses, sendo que 13 serão atendidos já na fase inicial da obra. A EF-118 também gerará empregos, impulsionará a economia regional e consolidará o Rio de Janeiro como um importante hub logístico.
“A decisão do Ministério é estratégica: devemos beneficiar apenas o setor de minério ou diversificar a produção para todo o Brasil? Essa ferrovia é um projeto de impacto nacional”, destacou Cláudio Castro.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/claudio-castro-e-bancada-federal-do-rio-defendem-a-implantacao-completa-do-projeto-do-anel-ferroviario-do-sudeste/