O senador Jorge Seif (PL-SC) protagonizou um momento inesperado com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, durante um jantar em Brasília. O encontro ocorreu em um restaurante no fim de maio, em homenagem à ex-ministra do TSE e advogada de Seif, Maria Cláudia Buchianeri. Apesar de Seif ter pedido o impeachment de Barroso anteriormente, ele cumprimentou o ministro com um beijo na bochecha, gerando risos entre os presentes.
O gesto foi descrito por Seif como um “beijo hétero”, termo que ele já usou ao beijar Jair Bolsonaro em uma live em 2020. Este comportamento amistoso reflete uma mudança de postura entre parlamentares bolsonaristas, que agora buscam maior cordialidade com o Judiciário.
Este episódio ocorreu em um momento delicado para Seif, que enfrenta um julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder econômico durante a campanha de 2022.
A acusação envolve o uso de um helicóptero do empresário Luciano Hang e a utilização da estrutura da empresa de Hang para a campanha. O julgamento foi interrompido em abril para a coleta de novas provas e deve ser retomado até agosto, conforme indicado pelo relator Floriano de Azevedo Marques. Em conversas com aliados, o senador expressou uma visão positiva sobre Barroso, destacando a presidência do ministro como um fator de distensão e pacificação das instituições.
Desde que seu caso chegou ao TSE, Seif tem buscado diálogos com os ministros do tribunal. Ele foi recebido por quatro dos sete ministros, exceto pelos ministros do STF que atuam no TSE: Kassio Nunes Marques, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes. Esta aproximação com membros do Judiciário é vista como uma estratégia para buscar uma solução favorável em seu julgamento.
A defesa de Seif conta com o apoio de figuras políticas influentes. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), argumentou com Alexandre de Moraes que a cassação de um senador eleito por voto majoritário seria um ato traumático e poderia prejudicar a relação entre o Judiciário e o Parlamento.
Além de Pacheco, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), também demonstraram apoio ao senador. A expectativa entre senadores é que o julgamento de Seif tenha um desfecho favorável, similar ao de Sergio Moro (União Brasil-PR), que foi absolvido por unanimidade pelo TSE em maio.
A relação entre Seif e Barroso, marcada por este gesto de cordialidade, simboliza uma inflexão na postura de Seif em relação ao Judiciário. O senador, que anteriormente criticava severamente alguns ministros, agora busca maior proximidade e compreensão, refletindo a nova dinâmica de interação entre o Legislativo e o Judiciário.
Com informações da Folha de S. Paulo.
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