 
                O novo desenho das rodovias com pedágio no Paraná está definido. Após o leilão do último lote na quinta-feira (30), vencido pelo Grupo Pátria na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), os paranaenses sabem quais são as concessionárias que deverão cuidar de 3.368 quilômetros de estradas estaduais e federais por 30 anos.
Receba as principais notícias do Paraná pelo WhatsApp
Dos seis lotes leiloados, quatro estão em operação e dois devem entrar em funcionamento no início de 2026. Abaixo, quem são os responsáveis por cada fração das rodovias pedagiadas no estado:
Ao fim dos leilões, três grupos administrarão as rodovias do Paraná, sendo que a EPR ficou com metade dos lotes. O Grupo Pátria levou dois — o primeiro e o último. A Motiva (ex-CCR) ficou com um lote e é a única empresa que fazia parte do antigo Anel de Integração, que vigorou no estado por 24 anos e que ficou marcado por casos de corrupção e obras não realizadas.
Na comparação com o Anel de Integração, esse novo pacote de concessões engloba mais rodovias e quilômetros no total: 3.368 quilômetros contra 2.493 quilômetros. Além disso, o preço do pedágio é mais baixo, apesar de dois leilões terem sido vencidos com o desconto mínimo, frustrando usuários e o setor produtivo:
- Lote 1 (agosto de 2023) – Via Araucária (Grupo Pátria): 18,25% de desconto sobre a tarifa
- Lote 2 (setembro de 2023) – EPR Litoral Pioneiro: 0,08%
- Lote 3 (dezembro de 2024) – CCR PRVias (atual Motiva): 26,6%
- Lote 6 (dezembro de 2024) – EPR Iguaçu: 0,08%
- Lote 4 (outubro de 2025) – EPR: 21,3%
- Lote 5 (outubro de 2025) – Grupo Pátria: 23,83%
VEJA TAMBÉM:
- 
Por rodovias sustentáveis, governo permitirá aumento do pedágio 
Duplicações, terceira faixa na Serra do Mar e contorno de Ponta Grossa são principais obras
As três concessionárias terão de investir um total de R$ 58 bilhões em melhorias e novas obras nas rodovias, incluindo duplicações, faixas adicionais, vias marginais, contornos, passarelas, passagens de fauna, áreas de descanso, entre outras intervenções. Além disso, destinarão R$ 36 bilhões para conservação das estradas durante o período dos contratos.
Entre as principais obras desse novo pacote está a construção de terceiras faixas na BR-277 no trecho entre Curitiba e Paranaguá. Sob responsabilidade da EPR Litoral Pioneiro, essas novas faixas devem ser entregues até o sétimo ano da concessão, ou seja, até 2030, e prometem aumentar a capacidade de transporte de cargas e reduzir o tempo de viagem em até 20%.
A praça de pedágio mais cara é a de São José dos Pinhais, na BR-277, entre Curitiba e Paranaguá.
Outra obra bastante esperada é o contorno de Ponta Grossa, que será feito pela Motiva (ex-CCR). Com 42,35 quilômetros com duas faixas em cada sentido, começará no trevo da BR-376 com a BR-373, atravessando a PR-151 e a PR-513, e chegará novamente à BR-376 no bairro Cará-Cará. Essa obra deverá ficar pronta até 2030 e constava no contrato anterior da CCR, mas não foi finalizada.
O lote 6, de responsabilidade da EPR Iguaçu, é o que tem mais investimentos previstos: R$ 12,6 bilhões. A maior parte desse montante vai para 462 quilômetros de duplicação em quatro segmentos: Cascavel a Matelândia, Cascavel a Pato Branco, Cascavel a Nova Laranjeiras e Prudentópolis a Nova Laranjeiras. As entregas das duplicações deverão começar no terceiro ano do contrato e se estenderão até o nono ano.
Nova concessão prevê 14 novas praças de pedágio no Paraná
Se o preço do pedágio está mais barato do que no fim do Anel da Integração, o usuário terá que passar por mais praças de cobrança. Isso ocorre muito em função do acréscimo de rodovias estaduais no pacote de concessão. Entretanto, rodovias que já tinham pedágio terão novas praças também.
Ao todo, serão 14 novas praças de pedágio, em todas as regiões do Paraná. Seis delas estão em estradas federais e o restante em rodovias estaduais:
- Cascavel – BR-163
- Terra Roxa – BR-163
- Francisco Alves – BR-272
- Guairaçá – BR-376
- Jussara – PR-323
- Cianorte – PR-323
- Umuarama – PR-323
- Sengés – PR-151
- Quatingá – PR-092
- Mauá da Serra – BR-376
- Londrina – PR-445
- Lindoeste – BR-163
- Ampére – PR-182
- Pato Branco/Vitorino – PR-280
Hoje, as tarifas variam de R$ 7,70 a R$ 24, dependendo da praça e da localização. A praça mais cara é a de São José dos Pinhais, na BR-277, entre Curitiba e Paranaguá: R$ 24 para carros. A mais barata é a praça de Sengés, na PR-151, que custa R$ 7,70.
Os preços mais altos estão nos lotes 2 e 6, que foram arrematados pela EPR sem concorrência nos leilões. Nas duas ocasiões, a empresa ofereceu 0,08% de desconto sobre a tarifa básica. Veja a variação dos preços de pedágio de acordo com o lote:
- Lote 1 – R$ 9,30 a R$ 12,30
- Lote 2 – R$ 7,70 a R$ 24,00
- Lote 3 – R$ 11,80 a R$ 12,80
- Lote 6 – R$ 15,10 a R$ 17,40
Os preços dos lotes 4 e 5 ainda serão definidos de acordo com a atualização da inflação desde o lançamento do edital e o desconto oferecido pelas empresas vencedoras.
Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/parana/como-ficaram-rodovias-com-pedagio-no-parana-apos-leiloes/

 
                             
                             
                             
                             
                            