20 de setembro de 2024
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Foto: Reprodução

A Polícia Federal resolveu indiciar a deputada Lucinha por suspeita de envolvimento com a milícia. A conclusão das investigações foi encaminhada à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), através de ofício, na semana passada. O Conselho de Ética já está de posse do documento.

O presidente do colegiado, deputado Júlio Rocha (Agir), disse que é preciso que haja uma publicação em Diário Oficial para poder notificar a deputada da decisão. A acusação pode levar à cassação da parlamentar. O processo pode levar até 120 dias e a deputada terá cinco dias para se defender.

A investigação na Alerj começou quase três meses depois que o plenário da Casa decidiu manter Lucinha no cargo. Na ocasião, os deputados também decidiram torná-la ré num processo ético-disciplinar por quebra de decoro no Conselho de Ética.

Nesse período, já houve até troca de relator, com o deputado Felipinho Ravis (Solidariedade) sendo substituído por Vinicius Cozzolino (União Brasil), como a Agenda do Poder antecipou com exclusividade.

Histórico

Lúcia Helena Pinto de Barros foi alvo de busca e apreensão dentro da Operação Batismo, realizada pela PF e o MPE, em dezembro, em investigação que indica que ela seria o braço político da maior milícia do estado, comandada por Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, na Zona Oeste da cidade do Rio. Por sua influência, ela seria chamada de “madrinha”.

Entre os fatos apurados, há diálogos gravados e troca de mensagens em que a deputada tenta, junto à prefeitura do Rio, beneficiar o interesse dos milicianos como no transporte alternativo, por exemplo, e que quebraria o celular para apagar provas.

A investigação também revelou indícios da prática de “rachadinha” em seu gabinete na Alerj. Em outros áudios localizados pela polícia, a parlamentar aparece perguntando sobre como uma medida da prefeitura do Rio poderia impactar os negócios do grupo criminoso que controla parte da Zona Oeste.

A troca de mensagens teria ocorrido entre Lucinha e o miliciano Domício Barbosa de Souza, o Dom, apontado pela polícia como o responsável financeiro da quadrilha de Zinho.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/conselho-de-etica-da-alerj-ja-foi-notificado-sobre-a-conclusao-da-investigacao-do-caso-lucinha/