A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Transparência, da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), foi oficialmente instalada nesta terça-feira (14/05). O colegiado terá como finalidade investigar irregularidades com base no cumprimento da Lei de Acesso à Informação. O deputado Rodrigo Amorim (União Brasil) foi escolhido para ser o relator.
Já na primeira reunião, o colegiado decidiu oficiar as secretarias estaduais do Ambiente e Sustentabilidade, comandando por Bernardo Rossi; Intergeracional de Juventude e Envelhecimento Saudável, cuja titular é Isabela Silva Alves; e a Chefia de Gabinete, que tem como titular Rodrigo Abel. Eles terão 30 dias para prestarem informações sobre contratos e programas implantados.
“Dizem que somos da base do governo, mas somos base quando se governa para o povo. Queremos fazer um trabalho de transparência. Nesse momento crítico em que vivemos, a CPI veio em boa hora”, disse o presidente da CPI, Alan Lopes (PL).
Os parlamentares querem ter acesso aos processos e documentos que estão sob sigilo no sistema eletrônico de informações, criado justamente para disponibilizar os dados do governo.
Além de Lopes e Amorim, compõem d colegiado Felippe Poubel (PL), que será o vice-presidente, Marcelo Dino (União Brasil), Yuri Moura (Psol), Márcio Canella (União Brasil) e Thiago Rangel (Podemos), além dos suplentes Val do Ceasa (PRD) e Giovani Ratinho (Solidariedade).
Duelo político
A CPI é mais um capítulo da crise política entre o Legislativo e o Executivo. Dos 70 deputados, 53 assinaram o requerimento para sua instalação, sendo a grande maioria da base do governista. O governador Cláudio Castro chegou pressionar alguns deputados para que retirassem suas assinaturas, mas não houve tempo hábil porque o documento já havia sido publicado.
Ele tentou negociar diretamente com o presidente da Casa, Rodrigo Bacellar (União Brasil), mas não houve acordo. No fim do mês passado, o deputado Pedro Brazão (União Brasil), chegou a encerrar a sessão antes da votação dos projetos para evitar bate-boca. Só que a estratégia também não funcionou.
O deputado Val Ceasa chegou a negar que tenha recebido qualquer telefonema do governador durante a reunião de hoje. De qualquer maneira, colocar Amorim e Poubel em funções estratégicas, além do próprio Lopes, é sinal que a pressão será grande.
Os três já vinham fazendo um trabalho junto à Comissão de Combate à Desordem Urbana contra a chamada Máfia dos Reboques. Castro chegou a endossar o trabalho e se comprometeu em enviar um projeto de lei para Casa com a finalidade de regularizar o serviço, mas até hoje isso não aconteceu.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/cpi-da-transparencia-e-instalada-na-alerj/