10 de janeiro de 2025
Decisão da Meta de encerrará verificação de fatos divide opiniões
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A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) foi palco de reações distintas após o anúncio da Meta sobre o fim do sistema de verificação de fatos em suas plataformas. O comunicado foi feito na terça-feira (07/01), quando a empresa revelou que substituirá o mecanismo por notas dos próprios usuários, seguindo um modelo semelhante ao do X (antigo Twitter). Além disso, a Meta suspenderá as restrições a publicações no Facebook e Instagram.

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, declarou que as políticas de moderação e verificação “foram longe demais” e que a nova abordagem busca “restaurar a liberdade de expressão” nas redes sociais da empresa. A decisão gerou celebração entre parlamentares alinhados ao governo Bolsonaro, enquanto membros da oposição expressaram preocupações sobre o possível aumento na disseminação de fake news.

Rodrigo Amorim (União), presidente da Comissão de Constituição e Justiça, celebrou a mudança: “Excelente notícia! Os fact-checkers eram apenas instrumentos da esquerda para censurar a oposição conservadora. Agora, a população terá mais autonomia, como no X”.

A deputada Índia Armelau (PL) também apoiou a decisão, mas manteve ressalvas quanto à sua implementação no Brasil: “A liberdade de expressão é um direito fundamental. No entanto, precisamos observar como essa medida será aplicada no país diante de possíveis entraves judiciais”.

Por outro lado, Sérgio Fernandes (PSD) manifestou preocupação: “Defendo a liberdade de expressão, mas o fim da verificação de fatos pode abrir espaço para a disseminação de informações falsas, o que coloca em risco direitos fundamentais da população”.

Outro que não gostou da postura da empresa foi o líder do Psol, deputado Flávio Serafini, que usou as redes sociais para criticar a decisão. “A Meta se alinha à extrema-direita de Trump, abandona a checagem de fatos e incentiva fake News. É um ataque à verdade e à democracia! No Brasil, onde as redes influenciam milhões, isso fortalece o ódio e a manipulação política. Regulamentação já!”

A decisão da Meta também ocorre em um momento delicado da relação entre as big techs e as instituições judiciais brasileiras. Recentemente, empresas como a Meta participaram de encontros com o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para discutir políticas de combate às fake news. Ainda não está claro como a nova postura será recebida por ministros como Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/decisao-da-meta-de-encerrara-verificacao-de-fatos-divide-opinioes-na-alerj/