26 de novembro de 2024
Depois de imprimir plano do golpe, general Mário Fernandes foi
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Um relatório da Polícia Federal, que concluiu que houve a tentativa de golpe no Brasil em 2022, revelou detalhes envolvendo o general Mário Fernandes e altos membros do governo à época. Segundo o documento, Fernandes teria se dirigido ao Palácio da Alvorada para se encontrar com o então presidente Jair Bolsonaro após imprimir um plano que previa o assassinato de Luiz Inácio Lula da Silva, atual presidente, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O plano, chamado “Punhal Verde Amarelo”, fazia parte das ações de um grupo conhecido como “kids pretos” e incluía a prisão e execução das autoridades mencionadas. O relatório aponta que, em 9 de novembro de 2022, Mário Fernandes elaborou e imprimiu o documento no Palácio do Planalto antes de seguir ao encontro de Bolsonaro na residência oficial.

Na última quinta-feira (21), a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas, incluindo ex-ministros como Braga Netto (Defesa e Casa Civil), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa). Eles foram acusados de crimes como tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de direito e formação de organização criminosa.

Entre os indiciados está também Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e atualmente deputado federal. De acordo com o relatório, essa organização criminosa atuou de forma coordenada em 2022, com o objetivo de manter Jair Bolsonaro no poder. O documento foi finalizado e entregue ao Supremo Tribunal Federal na tarde do mesmo dia.

Ao longo da investigação, a PF apontou que, sob o mando de Bolsonaro, oficiais das Forças Armadas, ministros do seu governo e assessores participaram de reuniões na qual discutiram a possibilidade de dar um golpe de Estado, que, segundo a PF, não se concretizou porque não teve o aval dos então comandantes do Exército e da Aeronáutica. O general Marco Antônio Freire Gomes e o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, chefes das respectivas Forças, prestaram depoimento à PF na condição de testemunha e implicaram o ex-presidente na trama.

O teor das oitivas se deu em linha com os relatos dados pelo tenente-coronel Mauro Cid, que era ajudante de ordens de Bolsonaro e colaborou com a PF nas investigações. O militar fechou um acordo de delação premiada, homologado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em setembro do ano passado.

Na primeira manifestação após o indiciamento, Bolsonaro criticou Moraes — ministro responsável por processos que tratam das investidas golpistas como os ataques de 8 de janeiro.

Com informações de O Globo.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/depois-de-imprimir-plano-do-golpe-general-mario-fernandes-foi-a-residencia-de-bolsonaro-no-palacio-da-alvorada/