6 de julho de 2025
Edinho Silva lidera disputa deste domingo pela presidência do PT
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O PT (Partido dos Trabalhadores) realiza neste domingo (6) um processo interno de grande alcance para renovar sua direção em todas as esferas. Pela primeira vez em 12 anos, os filiados da legenda participam de uma eleição direta para escolher o novo presidente nacional do partido, além de eleger os dirigentes dos diretórios estaduais e municipais. O processo marca uma tentativa de reaproximação com as bases e de fortalecimento orgânico da sigla. Com informações do portal Poder 360.

Para a presidência nacional do partido, o principal favorito é Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP), que conta com o apoio direto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A eleição definirá o sucessor de Gleisi Hoffmann, que estava à frente da sigla desde 2017 e foi substituída pelo senador Humberto Costa para assumir a secretaria de relações institucionais da presidência, por nomeação de Lula.

Caso eleito, Edinho assumirá o comando do partido com a missão estratégica de organizar a campanha de Lula à reeleição em 2026, além de ampliar alianças e reforçar a presença do PT nas redes sociais e entre os jovens.

Conheça os quatro candidatos:

Edinho Silva: o candidato de Lula

Edinho, de 55 anos, é jornalista, militante histórico do partido e comandou por três mandatos a Prefeitura de Araraquara, cidade do interior paulista. Foi ministro da Secretaria de Comunicação Social durante o segundo mandato de Dilma Rousseff e coordenador da campanha presidencial de Lula em 2022. Seu nome representa a aposta do Planalto em uma liderança de perfil técnico, disciplinado e com capacidade de articulação política. Caso eleito, Edinho terá como missão central organizar a pré-campanha de Lula à reeleição em 2026, além de aproximar o PT dos eleitores mais jovens e ampliar a presença do partido nas redes sociais.

Rui Falcão: experiência e histórico de liderança

Outro nome na disputa é o deputado federal Rui Falcão (SP), de 81 anos. Veterano na legenda, Falcão presidiu o PT por três mandatos (1994–1995 e 2011–2017) e comandou o partido durante os anos mais turbulentos da Lava Jato. É visto como um defensor da disciplina partidária e da coerência ideológica, com forte influência nas alas mais tradicionais da legenda. Sua candidatura é considerada mais simbólica do que competitiva, embora conte com apoio de setores importantes do PT paulista.

Romênio Pereira: o nome da articulação interna

Romênio Pereira é membro do Diretório Nacional do PT e foi um dos fundadores do partido. Com trânsito nas principais correntes petistas, sua candidatura tem como base a proposta de reconciliação entre as diferentes alas internas. Foi secretário de Relações Internacionais da legenda e mantém uma atuação mais nos bastidores do que nas disputas eleitorais. Tem perfil conciliador, mas enfrenta resistência por sua ligação com setores conservadores dentro do próprio partido.

Valter Pomar: a voz da esquerda interna

Representante da corrente Articulação de Esquerda, Valter Pomar defende um PT mais combativo e alinhado com movimentos sociais. É professor universitário e ex-secretário executivo do Foro de São Paulo. Sua candidatura tem como foco pressionar por uma guinada à esquerda na condução partidária, criticando o que considera uma excessiva moderação nas alianças e posições do PT nos últimos anos. Embora tenha apoio de uma minoria militante, Pomar costuma influenciar debates internos importantes.

Renovação em todos os níveis: diretórios municipais e estaduais também em disputa

Além da eleição nacional, o processo interno deste domingo inclui a escolha dos presidentes e das direções dos diretórios estaduais e municipais. Em milhares de cidades, filiados vão às urnas para decidir quem comandará o partido localmente pelos próximos quatro anos. Esses dirigentes terão papel decisivo na montagem das chapas de vereadores e prefeitos em 2026, e na reorganização do partido nos estados, com foco nas futuras disputas para governos estaduais e Assembleias Legislativas.

O novo presidente nacional, junto aos dirigentes eleitos nos estados e municípios, será responsável por coordenar a preparação do partido para os desafios eleitorais dos próximos anos. O fortalecimento da estrutura regional será essencial para aumentar o número de prefeitos e vereadores petistas em 2026 e reconstruir palanques estaduais com força para sustentar a reeleição de Lula.

Um novo ciclo para o PT

Fonte: https://agendadopoder.com.br/edinho-silva-lidera-disputa-deste-domingo-pela-presidencia-do-pt-com-apoio-de-lula/