1 de agosto de 2025
Câmara oficializa afastamento de Eduardo Bolsonaro e suplente assume vaga;
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A escalada dos ataques promovidos por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro no exterior, liderada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e pelo youtuber bolsonarista Paulo Figueiredo, tem ampliado a pressão sobre autoridades brasileiras e agravado a situação jurídica do próprio Eduardo e de seu pai. A informação foi confirmada por investigadores e autoridades ouvidas sob reserva pelo blog da jornalista Andreia Sadi no portal g1.

O movimento ganhou novo impulso após a decisão do governo de Donald Trump de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Eduardo Bolsonaro reagiu publicamente à medida, classificando-a como “uma resposta legítima”.

Segundo fontes ligadas ao núcleo bolsonarista, não há qualquer indicativo de que o deputado recuará. Ao contrário, a avaliação entre aliados é de que os ataques devem se intensificar nas próximas semanas, com foco em ministros do Supremo Tribunal Federal, policiais federais e outras autoridades públicas.

De acordo com essas mesmas fontes, a estratégia inclui fomentar novas sanções contra autoridades brasileiras e deteriorar ainda mais o ambiente diplomático entre Brasil e Estados Unidos. O objetivo seria inviabilizar qualquer tentativa de negociação para aliviar os efeitos do tarifaço.

Essa ofensiva internacional, porém, pode ter consequências legais diretas. Autoridades ouvidas pela reportagem avaliam que a postura de Eduardo Bolsonaro já forneceu elementos suficientes para que ele seja formalmente indiciado. Segundo essas fontes, ele poderá ser preso caso retorne ao Brasil, sob a acusação de coação no curso do processo.

A situação de Jair Bolsonaro também tende a se complicar. O ex-presidente já é alvo de investigação por tentativa de golpe de Estado. Com os novos desdobramentos, ele também poderá ser enquadrado por obstrução de justiça, ampliando os riscos legais que enfrenta.

A publicação de sanções ao ministro Alexandre de Moraes pelos Estados Unidos, com base na Lei Magnitsky, elevou a tensão institucional e serviu como catalisador da atual ofensiva. Investigadores apontam que a articulação da família Bolsonaro com setores da direita estadunidense busca criar um ambiente de enfrentamento aberto às instituições brasileiras, o que, segundo análise técnica, configura uma tentativa de interferência nos processos em curso no país.

O cerco judicial e político contra o clã Bolsonaro, portanto, pode se estreitar ainda mais nas próximas semanas, à medida que a retórica externa se converte em ações concretas com impacto direto no cenário interno.

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Fonte: https://agendadopoder.com.br/eduardo-bolsonaro-pode-ser-indiciado-por-coacao-e-preso-caso-volte-ao-brasil-entenda/