Elogios e afagos marcam sessão da CCJ da Alerj com presença do Parlamento Juvenil

A reunião ordinária da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), realizada nesta quarta-feira (25), começou em clima de cordialidade e respeito entre parlamentares de diferentes espectros ideológicos. Com a presença de jovens do Parlamento Juvenil, que acompanharam a sessão como parte do projeto de formação política, os deputados Rodrigo Amorim (União Brasil) e Carlos Minc (PSB) protagonizaram um momento incomum: elogiaram-se mutuamente em discursos que duraram cerca de dez minutos.

Logo no início da sessão, Amorim, presidente da CCJ, aproveitou para apresentar os membros do colegiado aos parlamentares mirins e dedicou palavras elogiosas a Carlos Minc, um dos mais antigos deputados da Casa, atualmente em seu décimo mandato. Apesar das visíveis diferenças políticas entre os dois, o parlamentar conservador destacou a trajetória de Minc como referência na área ambiental.

“É um grande entendedor da matéria. Já foi secretário estadual e ministro do Meio Ambiente, e hoje preside a Comissão do Cumpra-se, um colegiado fundamental que fiscaliza a execução das leis aprovadas nesta Casa”, disse Amorim, em tom respeitoso, para um constrangido Minc. “Queria que o senhor gravasse esse depoimento”, brincou o líder do PSB.

O clima amistoso não parou por aí. O deputado também reservou palavras de reconhecimento a Luiz Paulo (PSD), a quem chamou de “o maior entendedor da questão orçamentária e fiscal” da Alerj, destacando sua experiência e profundidade técnica em temas complexos do Legislativo fluminense. Também foram apresentadas as deputadas Célia Jordão (PL) e Élika Takimoto (PT).

Coube, então, a Luiz Paulo retribuir a gentileza, surpreendendo ao tecer elogios ao próprio Rodrigo Amorim. “Embora tenha posições conservadoras, contrário a ideias sociais-democratas, tem se mostrado, na condução da CCJ, um jurista comprometido com o Estado Democrático de Direito e respeitador das opiniões divergentes”, afirmou.

A cena, presenciada pelos jovens do Parlamento Juvenil, serviu como exemplo prático de que o debate político pode ocorrer em ambiente de respeito e reconhecimento mútuo, mesmo entre parlamentares com visões ideológicas distintas.