A oitiva de testemunhas no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, no âmbito do processo que pode levar à cassação do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), durou cerca de três horas e meia.
A relatora do processo no Conselho de Ética, deputada Jack Rocha (PT-ES) convidou nove testemunhas, mas apenas duas pessoas foram ouvidas: o deputado federal Tarcísio Motta (Psol-RJ), que foi chamado para falar pela acusação, e o assessor da Câmara Municipal do Rio Marcos Rodrigues Martins, que foi indicado pela defesa de Brazão.
O Psol ingressou com uma representação pedindo a cassação do mandato de Chiquinho Brazão, por quebra de decoro parlamentar, em decorrência da suposta participação dele nos assassinatos da ex-vereadora do Rio Marielle Franco (Psol) e do motorista parlamentar Anderson Gomes.
“É um crime continuado, ele quebrou o decoro parlamentar e precisa ser cassado”, afirmou o deputado Tarcísio Motta, em conversa com a Agenda do Poder, na Câmara dos Deputados.
Antes das oitivas, o advogado de Chiquinho Brazão, Cleber Lopes, chegou a pedir a suspensão do processo, mas teve o pedido rejeitado pela relatora.
Chiquinho Brazão está preso, desde março deste ano, acusado de ser um dos mandantes dos assassinatos da ex-vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista parlamentar Anderson Gomes.
O irmão dele, o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE) Domingos Brazão, que também está preso, foi acusado pela Polícia Federal de ser o outro mandante do crime. O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa também está preso acusado de participação no crime, atrapalhando as investigações.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/em-conversa-com-a-agenda-do-poder-tarcisio-motta-comenta-o-andamento-do-processo-que-pode-cassar-chiquinho-brazao-video/