28 de novembro de 2024
Pressionado por cassação, Glauber Braga renuncia à presidência da Comissão
Compartilhe:

O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) anunciou, com emoção, sua renúncia à presidência da Comissão de Legislação Participativa durante discurso nesta quarta-feira. O parlamentar justificou sua decisão em razão do processo de cassação que enfrenta no Conselho de Ética, decorrente de um incidente ocorrido em abril deste ano, quando empurrou um membro do Movimento Brasil Livre (MBL).

Em sua fala, Glauber Braga garantiu que continuará ativo na política e na defesa de suas causas. “Não estou me afastando da luta, vou seguir em luta. Quero agradecer profundamente a cada uma das pessoas que se mobilizou em defesa do mandato”, declarou o deputado, em tom de agradecimento e resistência.

Além disso, Glauber informou que decidiu não apresentar mais testemunhas no processo de cassação. Para ele, todas as explicações necessárias já foram dadas. “Passou de todos os limites. O que tinha que ser apresentado, já foi. Estou abrindo mão de todas as testemunhas que ainda seriam ouvidas. O processo, então, passa, a partir deste momento, a estar apto a julgamento imediato pelo Conselho de Ética”, afirmou.

O gesto de renúncia à presidência da comissão e a disposição de acelerar o julgamento refletem a postura do parlamentar diante do impasse ético e político, evidenciando sua determinação em enfrentar as consequências do caso.

Nos últimos dias, apoiadores do parlamentar tem costurado um movimento pela manutenção de seu mandato, o Fica Glauber. Um evento chegou a ser realizado no Circo Voador, no Centro do Rio.

A confusão em abril deste ano ocorreu quando o grupo do MBL estava na Câmara para conversar com parlamentares contra a regulamentação do Uber. De um lado, Glauber Braga alegou que o integrante havia o provocado antes do empurrão.

Com a instauração do processo interno, o deputado passou a argumentar que se tratava de uma perseguição direta do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Na atual legislatura, das 34 representações protocoladas na atual legislatura, apenas a contra Chiquinho Brazão, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes, foi a que chegou até esse estágio no chegou o de Glauber.

Com informações de O Globo.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/emocionado-glauber-braga-renuncia-a-presidencia-da-comissao-de-legislacao-participativa-da-camara/