13 de novembro de 2024
Empresas de saneamento no Rio não divulgam metas de trabalho
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As concessionárias de água e esgoto que prestam serviço no Rio não estão fornecendo informações sobre compromissos e metas de saneamento, como determina a Lei 9.370/2021. A informação é do presidente da Comissão do Cumpra-se, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Carlos Minc (PSB).

Segundo ele, as informações ainda não estão transparentes como determina a lei, e que diante disso intensificará o trabalho de fiscalização. A ideia inicial, no entanto, é dar um prazo para as empresas se adequarem ao que estabelece a norma.

“Esses dados ainda não estão sob a forma que a lei determina e quem está pagando a conta precisa ter acesso a eles. Não estamos criando obrigações, mas sim nos fixando sobre os compromissos dos contratos de concessão. A lei diz que essas informações precisam ser apresentadas com foto, nota fiscal, gráfico, o que fez e o que deixou de fazer, mas ficou claro que as concessionárias precisam melhorar muito essa transparência”, pontuou.

Audiência pública

O colegiado realizou uma audiência pública, na segunda-feira (11/11), para discutir o tema. Estiveram presentes representantes da Cedae, Águas do Rio, Iguá e da Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa), além de especialistas e da sociedade civil.   

Paulo Canedo, professor do Programa de Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), explicou como os dados das metas das concessionárias devem ser apresentados e o prazo.

“Os relatórios precisam ser facilmente entendíveis. É muito importante que tenha um texto curto, de fácil visualização e que qualquer pessoa possa entender. Sinto falta de planos de metas anuais ou bianuais”, explicou o profissional.

Segundo o diretor de Saneamento Cedae, Daniel Okumura, há 46 anos a companhia foi responsável pelo ciclo de saneamento no Estado do Rio de Janeiro e que, em 2021, ela passou por um processo de concessão.

“Atualmente, a Cedae atua nos grandes sistemas produtores de água da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, como, por exemplo, Guandu, Imunana-Laranjal, Ribeirão das Lajes e Acari, representando 80% da água da Região Metropolitana do estado. A companhia continua como uma empresa pública, mas responsável pela segurança hídrica do Rio de Janeiro, como produtora de água e também responsável pelo ciclo completo em alguns municípios do interior que não aderiram aos blocos de concessão”, explicou Okumura.

Metas contratuais

A Agenersa se comprometeu em fazer um modelo com base no Art. 3º da Lei e detalhar como a informação deve ser disponibilizada.

“Estamos acompanhando todas as metas contratuais e exigindo que as concessionárias adotem isso. A nossa ideia é ter um sistema para criar uma forma de consulta não só das metas, mas de todas as questões que envolvem saneamento, inclusive temos feito um estudo nesse sentido”, destacou Rafael Carvalho de Menezes, presidente da agência.

Também estiveram presentes na audiência Marilene Ramos, diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade do Grupo Águas do Brasil; o diretor-presidente da Rio + Saneamento, Leonardo Righetto; Anselmo Leal, diretor-presidente da Águas do Rio (Aegea); e Licínio Machado Rogério, Presidente do Comitê de Monitoramento da Área de Concessão Bl 1, além de representantes do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ).

Fonte: https://agendadopoder.com.br/empresas-de-saneamento-no-rio-nao-divulgam-metas-de-trabalho-como-determina-lei-estadual/