São Jorge D’Oeste, cidade paranaense com 9.587 habitantes, foi o local escolhido pelo Grupo Piracanjuba para instalação de uma nova fábrica de queijos. A produção de mussarela começou durante este mês de novembro na unidade que tem capacidade para produzir 39,4 mil toneladas do queijo e 7,9 mil toneladas de manteiga por ano.
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O grupo investiu R$ 612 milhões no projeto, que aderiu ao programa Paraná Competitivo, do governo estadual. A fábrica de queijos iniciou a produção em São Jorge D’Oeste, mas segue em construção.
As obras foram iniciadas em 2021 e a primeira etapa, com 54 mil metros quadrados de área, tem perspectiva de entrega ainda neste ano. A meta é o processamento de 1,2 milhão de litros de leite por dia.
“A localização estratégica da unidade contribui para ganhos logísticos, otimizando rotas no Sul e Sudeste e aumentando a eficiência operacional. Além disso, a operação movimenta a economia local, gerando empregos e fortalecendo o desenvolvimento regional”, disse o presidente do Grupo Piracanjuba, Luiz Claudio Lorenzo.
Fábrica de queijos projeta 300 empregos diretos no sudoeste do Paraná
O complexo planejado para São Jorge D’Oeste cria cerca de 300 empregos diretos, conforme a empresa. Para o governo estadual, o movimento confirma a estratégia de atrair indústrias e agregar valor ao campo.
“Nós temos uma empresa que começou muito pequena, uma empresa familiar, e que se tornou uma empresa grande que emprega mais de 4 mil pessoas”, declarou o secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Márcio Nunes.
Por meio da iniciativa, governo estadual concede incentivos diretos às empresas que implantam, ampliam, diversificam ou reativam operações em território paranaense. O programa permite parcelar o ICMS incremental e possibilita o diferimento do imposto nas operações de energia elétrica (Copel) e gás natural (Compagas).
Também autoriza a transferência de créditos próprios de ICMS para a compra de ativos, o que, segundo o programa, pode tornar os projetos mais viáveis e acelerar novos investimentos.
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Piracanjuba vai produzir whey protein e lactose em pó
A empresa pretende transformar o soro de leite, subproduto direto da fabricação de queijos, em 6 mil toneladas anuais de whey protein e outras 14,8 mil toneladas de lactose em pó.
“O projeto da planta segue modelos internacionais de operações integradas e será a primeira queijaria de grande porte do país totalmente planejada para reunir, em um mesmo complexo, a produção de queijo e o aproveitamento do soro de leite. Essa estrutura reduz custos, elimina o transporte de soro entre unidades e eleva a eficiência industrial”, afirmo o presidente do Grupo Piracanjuba.
O Brasil importa 85% do whey protein e da lactose que consome. Esses insumos atendem setores que vão da nutrição ao farmacêutico e ao cosmético. Em 2023, as importações somaram US$ 54 milhões, segundo dados dos ministérios da Agricultura e Pecuária e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/parana/fabrica-de-queijos-piracanjuba/
