
Felipe Amorim (da equipe da Agenda do Poder em Brasília)
A bancada fluminense da federação entre PP e União Brasil será comandado pela Executiva nacional do partido, garante o presidente do Progressistas, Ciro Nogueira. Devido à centralidade e relevância, colégios eleitorais como Rio, São Paulo e Minas não ficarão sujeitos à regra implementada no restante do Brasil, em que o partido que tem a maior bancada no Congresso exerceria ascendência sobre as decisões locais.
Esses estados-chave terão uma gestão mais centralizada, com decisões nacionais, mas com uma alternância a cada seis meses da gestão, o que mostra, de forma simbólica, que os dois partidos estão na mesma prateleira de relevância da federação. Os seis primeiros meses da gestão fluminense serão sob o comando do líder do PP na Câmara, Dr. Luizinho. Depois, haverá alternância para o partido do presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Rodrigo Bacellar, do União.
Em entrevista ao jornal O Globo, Ciro Nogueira disse que demais estados terão suas gestões decididas com base no número de parlamentares: “O critério será esse. Pernambuco tem mais parlamentar do PP; Piauí, Rondônia, tem mais do União. São 9 estados com União, 9 com PP e 9 vai ter de ter uma decisão da Nacional, porque tem o mesmo número de parlamentares”, disse ao jornal.
Na entrevista, Ciro afirmou que a decisão quanto ao apoio em 2026 ainda será tomada na federação, embora defenda publicamente estar ao lado do candidato que represente o bolsonarismo. O União, contudo, possui ministérios na Esplanada.
“A chance de um candidato de centro-direita ganhar a próxima eleição é muito grande. A federação caminha para um apoio desse, mas isso não é algo decidido. Primeiro, vamos decidir se vai ter federação, para depois ver essas questões e, com certeza, precisa ser um consenso entre os dois partidos”, completou.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/federacao-entre-pp-e-uniao-no-rio-teria-comando-rotativo-entre-os-dois-partidos/