
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) saiu em defesa do irmão, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em meio às críticas que ele vem recebendo por sua postura considerada intransigente nas negociações sobre o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro e por declarações recentes sobre a eleição presidencial de 2026.
Em publicação nas redes sociais, Flávio destacou que Eduardo “tem papel fundamental” para o avanço do texto, hoje conhecido como PL da Dosimetria, que deve se limitar à redução de penas. O deputado, porém, insiste em uma anistia “ampla, geral e irrestrita”.
“Se hoje estamos na iminência de aprovar uma anistia, Eduardo tem papel fundamental nisso”, escreveu o senador.
Pressão política e eleições de 2026
A manifestação ocorreu após aliados de Jair Bolsonaro sugerirem que Flávio interviesse diante do comportamento do irmão, visto por partidos de oposição como “incontrolável”. Há receio de que a insistência de Eduardo atrapalhe um eventual acordo para unificar a direita em torno de uma candidatura presidencial no próximo ano.
Em entrevista recente, Eduardo chegou a dizer que pode disputar a Presidência em 2026 caso o pai esteja impedido de concorrer. A fala provocou reação do presidente do PP, Ciro Nogueira, que pediu “bom senso” e defendeu a unidade do campo conservador.
Críticas à prisão de Jair Bolsonaro
Além de defender o irmão, Flávio Bolsonaro também se manifestou neste domingo (28) contra as medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, em prisão domiciliar. Segundo o senador, a situação representa “perseguição” e “violência contra a democracia”.
“Banido das redes sociais, monitorado por tornozeleira eletrônica, vigiado 24 horas por dia, incomunicável dentro da própria casa e tudo isso sem sequer haver denúncia. É uma violência contra a democracia e contra a vontade de milhões de brasileiros que ele representa. Essas medidas arbitrárias já deveriam ter sido revogadas”, afirmou.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/flavio-bolsonaro-sai-em-defesa-de-eduardo-e-volta-a-criticar-prisao-domiciliar-do-pai/